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Carla Prata sabe tudo o que quer, falta apenas a afirmação

Carla Prata

Carla Prata, aos 18 anos, é dona de uma voz inconfundível e já conquistou os fãs de música em português. É o membro mais novo da TRX Music, vive em Londres, Inglaterra, e está a terminar a licenciatura em Engenharia de Som. Apesar de raras as suas vindas a Lisboa, conseguimos sentar e conversar com a artista numa passagem fugaz pela capital.

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O início da sua carreira musical foi um pouco atribulada, depois de lançar uma primeira música intitulada “Alright,” com 15 anos, acabou por estar 365 dias sem lançar mais nada. Quando finalmente disponibilizou o seu segundo single, a TRX Music convidou-a para o grupo.
“Juntei-me ao grupo e não sabia quem era a TRX, não sabia quem era os MOB,” disse Carla Prata, sublinhando que as suas influências foram sempre artistas internacionais como Frank Ocean e Artic Monkeys. A mudança para Londres acabou por acrescentar à sua playlist Drake, Tory Lanez e muito trap.
Sendo a única mulher no meio de homens, seria de esperar que o egos atrapalhassem muito. Tirando a competição saudável entre eles, Carla Prata é tratada como a “maninha”. Na hora da criação musical e de decidir quem entra nas faixas, o grupo decide segundo a maioria. Por uma questão de democracia.
Carla Prata
O facto de serem um grupo espalhado por Portugal, Angola e Inglaterra tem as suas desvantagens e as suas vantagens. Existem alturas em que o grupo pode estar a dar dois concertos ao mesmo tempo em sítios diferentes. Mas nem sempre conseguem juntar todos para um simples trabalho, como uma sessão fotográfica.
Quando lhe perguntámos sobre o estilo que está a desenvolver profissionalmente a resposta foi bastante peculiar: “Não quero imitar nenhum estilo. Quero tentar ser o mais diferente possível do mundo. Admiro sim, artistas como The Weeknd e Frank Ocean”.
A vontade de se afirmar como única e singular faz com que tenha estado em estúdio a trabalhar para mais tarde poder lançar o seu projecto individual. Com todo o respeito, reconheceu que o grupo é e foi fundamental mas tem fome para mais.
Focada apenas em fazer música abstrai-se um pouco do mundo exterior. A imagem por vezes parece não ser tão bem aceite por esse “mundo”. Sabendo que não pode controlar tudo à sua volta, Carla Prata confessa que o importante é sermos fiéis a nós próprios e deixar o trabalho falar por si.
“Nunca vou perguntar às pessoas o que elas querem de mim, vou sempre dar o que quero dar. Seja isso a minha imagem ou a minha música. O que interessa é manter-me leal a mim mesma”.
Com a educação, de uma mãe religiosa e de um pai não tão crente, a artista cresceu desde sempre com uma mentalidade aberta aberta. Claro que as suas raízes londrinas contribuíram muito para isso. Carla Prata lamenta apenas que as pessoas se preocupem tanto com a vida dos outros.
Do potencial já provado aos elogios de C4 Pedro, Carla Prata revelou à BANTUMEN que o plano nunca foi cantar em português. Apesar do conforto, a cantora está a trabalhar músicas interpretadas em inglês. A ambição passa por tornar-se um ícone mundial, e mais tarde, ganhar um Grammy.
“Alguém pode mandar-me um instrumental que seja uma kizomba, um zouk ou um afro e eu vou matar. Eu quero sair da minha zona de conforto. Agora se for um Dancehall ou um ritmo mais RnB vai ser sempre um desafio, um challenge para mim. É disso que eu gosto,” disse.
Faz play no vídeo e descobre mais sobre Carla Prata, a cara por detrás da voz da TRX Music.

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Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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