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Mendez, da MOB, fala sobre a mixtape “Omen” e os planos para 2017

Mendez é um dos membros da MOB, o grupo sensação do hip hop angolano, que se encontra actualmente a estudar no Reino Unido. O rapper falou à BANTUMEN sobre a última mixtape Omen, e explicou-nos quais os seus planos a nível individual e com a MOB para este ano.

Fala-nos um pouco sobre esta mixtape Omen.

O aglomerado de olhos postos sobre mim e sobre os meus tem sido enorme e sinto cada vez mais que o passo seguinte vai ditar as regras daquilo que é o rap nacional. Por isso, escolhi “Omen” como título. Optei por manter a tradição de cantar na primeira pessoa e ser mais pessoal porque simplesmente foi isso que me trouxe até aqui e fazer o contrário não me pareceu justo. Independentemente disso, recriei situações que vi ou ouvi e desenvolvi as histórias como se as tivesse vivido. É a minha oitava mixtape, incluindo as colabs em “Out To Space”, “Money Over Bitches” e “Blacktape 2”. Tem participações de Xuxu Bower, Aldo F, Edy J, Gibas e Fredh Perry. Tem uma única produção nacional, que é do Deksz em “Bitches & Hoes”. A capa da mixtape foi feita pelo Joshua Mancini e foi idealizada para ser uma capa simples mas que simbolizasse cada tópico abordado ao longo da Omen.

O que significa Omen?

Omen é um fenómeno (bom ou mau) considerado um sinal de como será o futuro.

Qual é o teu enquadramento dentro da MOB ?

Dentro da MOB existe uma política que faz de todos os membros iguais, independentemente do quão diferentes ou versáteis somos entre nós.

Quais as vantagens de integrar um grupo como a MOB?

É benéfico estar na MOB porque somos todos focados, famintos, talentosos, humildes e com vontade de aprender todos os dias. Todos os dias investigamos, discutimos e encontramos uma forma de nos tornarmos melhores que nós mesmos. Temos uma identidade muito nossa, somos muito “egocêntricos”, preferimos trabalhar entre nós ou com os nossos do que olhar para o que os outros fazem lá fora.

Qual é a evolução nesta mixtape em relação as passadas ?

Em relação às mixtapes passadas, a Omen é de longe muita mais completa. Tanto em termos de conteúdo, flows, qualidade, profissionalismo, sonoridade ou de barras, a Omen tem um leque de factores que a destacam dos outros trabalhos que já fiz. Eu sempre gostei de fazer versos mais complexos, mas acho que nunca escrevi nada tão complexo quanto a Omen. Acredito que se o ouvinte não tiver um certo nível intelectual, vai ter que se esforçar um bocado ou até investigar pra perceber a Omen a 100%, o que acho impossível.

O que tens feito à margem da música e como consegues conciliar e escolher prioridades?

Além da música tenho estudado, estou no segundo ano de Engenharia de Petróleo, e faço parte da equipa de futsal da minha universidade, no Reino Unido. Não é complicado conciliar, é só ter disciplina e saber que cada coisa tem o seu tempo. Confesso que, por vezes, a música rouba o tempo das outras actividades. Eu gravo em excesso, por vezes nem a festas ou clubs vou porque estou em estúdio e às vezes nem durmo ou alimento-me mal, mas faz parte, é só gerir.

O que se pode esperar do Mendez e da MOB para o resto do ano?

Para um futuro aberto e sem datas, eu estou a preparar uma mixtape chamada NASA com o LK Beat$, que é um produtor muito meu amigo, quase irmão. Tenho estado a trabalhar com a MOB na Money Over Bitches 2 e tenho também a YN$ 2 em carteira. De resto, haverão participações importantes, menos contacto com o mundo em geral e mais trabalho para elevar a música nacional.

 

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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