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Como a crise acelerou a internacionalização e a qualidade da música angolana

A economia mundial enfrenta actualmente grandes desafios em consequência da queda do preço do barril de petróleo e os países dependentes deste recurso viram cada sector das suas economias serem afectados por esse declive financeiro. Um desses sectores, em Angola, é o cultural.

Depois da conquista da paz, até ao final de 2014, o mercado musical angolano tornou-se num dos maiores, e de crescimento mais expressivo, de África. R. Kelly, Ja Rule, Fat Joe, DMX, Roberta Miranda, Trey Songz, e tantos outros, já pisaram os grandes palcos de Angola mas, mais importante do que isso, é o número de artistas que o país tem exportado.

As grandes produtoras e empresas de organização de eventos deixaram de apostar na procura de artistas de renome internacional para actuarem em Angola para apostarem na prata da casa e os próprios cantores começaram a olhar para novos horizontes, como o mercado europeu e sul-americano.

música angolana

Anselmo Ralph, Matias Damásio, C4 Pedro, Yola Semedo, Paulo Flores, os Tuneza, entre outros, já esgotam alguns dos palcos mais importantes em Moçambique ou Portugal e começam a trilhar o seu caminho no mercado brasileiro. Este ano, Titica participou no Rock In Rio Brasil, Anselmo Ralph apresentou Brazilian tourneé/2017, Nsoki notabilizou-se em vários prémios internacionais e participou em concertos no Dubai, e outros artistas como Preto Show, Zona 5, Cabo Snoop, Neru Americano que também estão em destaque nestes países e ainda Inglaterra, Espanha, Cuba, entre outros.

A falta de divisas estrangeiras em Angola e o decréscimo no número de espectáculos pelo país está a ajudar o sector cultural nacional a subir francamente na linha de crescimento, a nível de qualidade e quantidade. Qualidade porque sair da zona de conforto e beber da experiência de palcos e públicos internacionais acarreta um nível de exigência maior. Quantidade porque o sucesso destes artistas é como uma máquina de motivação para as gerações mais novas acreditarem no seu talento e que a sua arte pode efectivamente ser o seu único meio de sustento.

os aspirantes a artistas vêem o sucesso destes artistas como um espelho para as suas vidas, criando uma espécie de âncora entre as suas expectativas e quanto deve, trabalhar

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