Um grupo de cientistas descobriu um planeta a 11 anos-luz de distância da Terra, chamado de Ross 128 b, que mostra ter potencial para sustentar a vida. Mais apropriada ainda que a estrela mais próxima da nossa órbita, a Proxima Centauri b.
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“A estrela é mais calma e activa. Será mais fácil de caracterizar que a Proxima b,” revelou ao Gizmodo, uma das investigadoras do Museu de História Natural Americano.
“Em estrelas anãs vermelhas como esta, a zona de habitabilidade é mais próxima, podendo o exoplaneta ter condições para albergar vida, mas há outros fatores determinantes, como o facto de haver radiação ou se tem massa suficiente para ter atmosfera,” disse Ricardo Reis, representando do grupo de comunicação do IA.
Chama-se “zona de habitabilidade” à área geográfica a partir da qual o planeta está à distância da sua estrela. Isto faz com que seja possível a existência de água liquida à superfície. Apesar de ainda estar a 11 anos-luz da Terra, com o tempo vai aproximando-se, ultrapassado o Proxima b, daqui a 71 mil anos.
Nuno Cardoso Santos, astrofisico do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, sublinha que a descoberta deste planeta “ilustra a capacidade existente para encontrar, e no futuro caracterizar ao detalhe os planetas que reúnam condições para albergar presença de vida.”
A equipa de investigadores do IA está a trabalhar com o objectivo traçado: Participar em missões espaciais da Agência Espacial Europeia (ESA). Ou recorrer ao uso de equipamentos como o espetrógrafo ESPRESSO, capaz de procurar e detectar planetas semelhantes com a Terra.