Neste último dia de Rock in Rio, podemos concluir que África ficou muito bem representada na sua própria rua dentro do festival, no palco EDP Rock Street. Entre elefantes, girafas, zebras, dançarinas e cantores, um ambiente caloroso que nos remetia realmente para África.
Nascida em Moçambique e com morada em Lisboa, Portugal, Selma Uamusse foi um dos nomes mais aguardados pelo palco África. Jovem e com um futuro muito brilhante pela frente, mostrou na sua língua raíz como a música faz parte da sua vida. Com ritmos muito próprios derivados dos sons de Jazz, Rock, Gospel e Soul, o público foi-se encantando pela sua voz.
Vestida a rigor, com um kimono tipicamente africano, aliás todos da banda estavam vestidos com padrões africanos, Selma, interagiu com o público de uma forma cativante, acariciando-os com a melodia que saia da sua boca.
House, com uma mistura de afro, um pouco de soul e música electrónica, e directamente da África do Sul, país do inigualável Nelson Mandela, vieram os Batuk. Composto por três elementos, a vocalista Manteiga, e os produtores Aero Manyelo e Spoek Mathambo.
Com influências das ruas de Joanesburgo, do som de Angola e da língua portuguesa, os Batuk marcaram o seu lugar no palco e fora dele… sim, fora dele, Manteiga “escorregou” no meio do público cantando misturas e culturas.
30 anos de carreira são os anos que o “Rei do Semba” tem. Paulo Flores, o homem que canta e encanta mesmo na “boca do lobo” (faixa do álbum Kandongueiro Voador) fez com que o público levantasse a mão que toca no coração e vibrassem juntamente com ele.
O autor, compositor, músico e intérprete, é uma das principais referências da música angolana e africana. E em palco, cantou um pouco de semba, contou histórias e fez sorrir as pessoas, mostrando o porquê de ainda ser o rei.