Afrobasket 2025: Angola elimina Cabo Verde e Childe Dundão vira “Rockstar” no Kilamba

O Afrobasket 2025, que decorre em Angola entre 12 e 24 de agosto, já tem as quatro melhores seleções definidas. A jogar em casa e com o apoio fervoroso das bancadas, os Palancas Negras venceram Cabo Verde por 90-80 e carimbaram a passagem às meias-finais da competição.

A partida, disputada no Pavilhão Arena do Kilamba, foi um autêntico espetáculo de basquetebol, com 12.700 adeptos a encheram as bancadas. O grande protagonista da noite foi Childe Dundão. O base do Petro de Luanda, apelidado de “baixinho gigante” devido ao seu 1,67m, somou 30 pontos e converteu 18 de 23 lançamentos livres, conduzindo Angola a uma vitória emocionante. O desempenho valeu-lhe o título de MVP do jogo e reforça a candidatura ao prémio de Jogador Mais Valioso do torneio.

Apesar do domínio angolano durante boa parte do encontro, a decisão só ficou clara nos minutos finais, perante a pressão constante de um público dividido entre angolanos e muitos cabo-verdianos residentes em Luanda. Ao lado de Dundão, também Aboubacar Gakou “Buzinho” se destacou, terminando com 14 pontos. Pela seleção cabo-verdiana, Joel Almeida foi o melhor marcador, com 19 pontos vindos do banco, seguido de Edy Tavares com 17.

Com este resultado, as meias-finais ficam definidas: Angola defronta os Camarões este sábado às 19h00, enquanto Senegal mede forças com o Mali na outra meia-final.

Rivalidade com história

O duelo entre Angola e Cabo Verde já conta com episódios marcantes. Em 2021, no Kigali Arena, os Tubarões Azuis surpreenderam e venceram Angola por 77-71, a primeira vitória oficial da seleção cabo-verdiana frente aos Palancas Negras. Desta vez, no entanto, a história foi diferente.

No historial da competição, Angola é o país mais vitorioso, com 11 títulos conquistados, três deles em casa (1989, 1999 e 2007). O último troféu foi levantado em 2013. Cabo Verde, por sua vez, tem como maior feito a medalha de bronze alcançada em 2007, numa edição em que acabou eliminado precisamente por Angola.

Atrás de Angola, o Egito e o Senegal seguem com cinco títulos cada. A Tunísia, atual campeã, soma três conquistas (2011, 2017 e 2021). Costa do Marfim e República Centro-Africana têm dois troféus cada, enquanto Nigéria (2015) e Marrocos (1965) completam a lista dos campeões africanos.

Agora, com Cabo Verde fora da corrida, Angola sonha com mais uma final diante do seu público e a possibilidade de acrescentar um novo capítulo à sua já vasta colecção de títulos continentais.