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Estes “Álbuns de Família” contam as histórias da Diáspora Africana na Grande Lisboa, de 1975 até hoje

23 de Abril de 2024
Estes “Álbuns de Família” contam as histórias da Diáspora Africana na Grande Lisboa, de 1975 até hoje

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Álbuns de Família é uma exposição com curadoria cintífica de Inocência Mata e Filipa Lowndes Vicente, inaugurada já no dia 28 de abril, no Padrão das Descobertas portuguesas, em Belém (Lisboa), e que procura recordar e visibilizar a autorrepresentação da diáspora africana em Portugal. A mostra vai estar disponível até ao dia 30 de novembro de 2024.

Os “álbuns de família” exibidos contêm imagens registadas pelos próprios indivíduos ou herdadas de familiares próximos, desde 1975, o ano em que os países africanos colonizados por Portugal conquistaram a independência. São essencialmente fotografias analógicas, impressas em papel, que refletem a vida quotidiana dos portugueses afrodescendentes e dos africanos que escolheram Portugal como lar. Estas imagens foram guardadas em álbuns, molduras, caixas e gavetas, ou em formatos digitais, armazenadas em telemóveis e computadores.

“Nesta nova exposição, as histórias pessoais cruzam-se com a história coletiva e política, para criar uma contra-narrativa aos milhares de fotografias de pessoas negras em contexto colonial que existem em arquivos públicos e privados portugueses, imagens que nunca pertenceram às próprias pessoas fotografadas. A essa representação imposta – em que as pessoas surgem quase sempre em situações de desigualdade e raramente na sua individualidade, com nome e apelido – contrapõem-se, aqui, histórias de autorrepresentação contadas em discurso direto”, pode ler-se na descrição do acervo fotográfico.

Foi em Lisboa e nas zonas limítrofes da capital que se instalou a grande maioria dos africanos vindos para Portugal nas últimas décadas e, portanto, onde reside hoje a maioria da diáspora africana. Continua, por isso, a ser uma das cidades mais africanas da Europa e com muitas portuguesas e portugueses negros, sobretudo desde há 50 anos.

A mostra acontece à margem do fim da Década Internacional dos Afrodescendentes (2015-2024), estabelecida pelas Nações Unidas para promover o reconhecimento, a justiça e o desenvolvimento, e da celebração dos 50 anos de democracia em Portugal (1974-2024). O propósito é lembrar as vidas e as histórias de africanos e portugueses descendentes de africanos que viveram sob o domínio colonial português, ao mesmo tempo que reflete sobre a evolução da tecnologia fotográfica ao longo dos últimos 50 anos.

Responsáveis pela curadoria, Filipa Lowndes Vicente é historiadora e investigadora no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, e Inocência Mata, natural de São Tomé e Príncipe, é ensaísta, investigadora e professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

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