Dia 20, há festa no Cais do Gás: B.Leza celebra 30 anos

18 de Dezembro de 2025
aniversario bleza
Paulo Flores na apresentação do álbum "Canções Que Fiz Pra Quem Me Ama", no B.Leza

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O B.Leza, uma das salas mais emblemáticas da noite lisboeta e referência incontornável da cultura lusófona, celebra 30 anos de existência a 21 de dezembro, com uma programação que se estendeu pelos últimos meses do ano e que reuniu diferentes gerações e geografias musicais. As comemorações começaram em setembro e prolongaram-se até dezembro, culminando numa celebração especial na noite de 20 para 21 de dezembro.

O programa incluiu nomes históricos e novas vozes da música africana e portuguesa, como Afrika Aki com Banda Monte Cara, Mário Marta e Micas Cabral, Da Chick, que apresenta o novo trabalho Up in The Clouds, Gerard Mendes (Boy Gê Mendes), Fogo Fogo - que assinala também uma década de carreira, com Djodje e Carlão -, Femme Falafel com Dói-Dói Proibido, Os Pontos Negros, Beto Dias, Eskorzo, Best Youth com o espetáculo comemorativo dos dez anos de Highway Moon, Scúru Fitchadú + Máquina e Banda Simpatia com o baile dedicado a Jorge Ben Jor.

Fundado a 21 de dezembro de 1995 por Madalena e Sofia Saudade e Silva, o B.Leza nasceu da vontade de perpetuar o legado do pai, José Manuel de Faria Saudade e Silva, e do músico Dany Silva, que nos anos 1980 criaram o espaço O Baile, no Palacete Almada-Carvalhais, em Santos. O clube rapidamente se tornou um ponto de encontro para artistas e público, dando palco a nomes como Tito Paris, Paulino Vieira, Nancy Vieira, Sara Tavares, Lura, Ildo Lobo, Bonga, Ferro Gaita e Celina Pereira.

Encerrado em 2007 e declarado pela Câmara Municipal de Lisboa como espaço de relevância cultural, reabriu em 2012 no Cais do Gás, onde continua a afirmar-se como um dos principais palcos da música lusófona. Fiel à sua essência, mantém viva a tradição das noites que juntam o funaná, a morna, a kizomba e o semba, abrindo-se também a novas linguagens, do hip-hop ao jazz, da batida ao indie.

Ao longos de décadas, o B.Leza consolidou-se como espaço de encontro intergeracional e intercultural, e acolheu lançamentos literários, exposições, feiras, mostras gastronómicas, ciclos de cinema e performances poéticas. A programação espelha a diversidade da cidade e a vitalidade da diáspora africana em Lisboa, e continua a ser, como descrevem os seus fundadores, “um lugar onde a cultura se vive de olhos nos olhos, com os corpos a rodopiar à procura do prazer de viver”.

Com três décadas de história, o club celebra o passado e abraça o futuro, fiel à sua vocação de ser espaço de partilha.

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