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No primeiro dia desta 8.ª edição do Festival o Sol da Caparica, as portas abriram por volta das 16 horas. Para os concertos que vimos, o nosso destaque vai para os artistas angolanos Ary, Scró Que Cuia e Chelsea Dinorath. Ao chegar perto do recinto já se formavam filas, ora para trocar os bilhetes por pulseiras ora para entrar e marcar presença na linha da frente dos palcos.
Numa edição que se apresenta renovada e preparada para proporcionar ao público a melhor experiência no maior festival dedicado à música de expressão portuguesa, via-se essencialmente um equilibrado misto de gerações, dos mais pequenos aos mais graúdos.
O cartaz é vasto, com artistas e géneros musicais desde pop ao hip hop, do rock à kizomba ou afropop, para os quatro dias do festival com cinco palcos distintos.
A primeira atuação que fomos ver foi da diva angolana Ary, que se apresentou brilhante no palco Kavi Music. Com um vestido que iluminava todo o cenário e um sorriso rasgado que lhe é característico. O cardápio musical foi longo e levou-nos a 2008, com as músicas “Teu Grande Amor”, “Como Te Sentes Tu”, a 2011 com “Da Só”. Uma viagem temporal passou também pelos seus registos mais recentes e uma passagem por “Agora Que Te Encontrei” e “Bida Di Gossi”.
Já batiam 19 horas quando, no palco Red Tazz, ouvia-se Scró Que Cuia a cantar, aliás, a dançar, acompanhado do seu eterno companheiro de palco, Rebolection Kina. Não é justo dizer que o que Scró estava a fazer em palco era apenas uma atuação musical, era mais um hiit (High-Intensity Interval Training, em português Treino Intervalado de Alta Intensidade). Ao som das suas músicas mais tocadas, como “O Pintin” ou “Batatinha Frita”, o artista andava de um lado ao outro do palco. Do lado esquerdo dançava e do lado direito, juntamente com o seu colega de cena, rebolava como se não tivessem ossos na cintura. Chamaram ainda ao palco algumas pessoas para fazerem uma competição de dança. Cada um tinha de mostrar o seu melhor toque, ao som de “Castigo” em colaboração com o mais novo kudurista de Portugal, Bruno de Carvalho.
Fomos obrigados a fazer uma pausa depois da intensa sessão de ginásio dada pelo personal trainer Scró. Já devidamente descansados e hidratados, fomos novamente para o palco aguardar pela chegada da mais nova sensação angolana, Chelsea Dinorath. A recordar que a artista com uma curta carreira na música já recebeu dois prémios, só em 2022: Top Rádio Luanda com “Melhor Voz Feminina do Ano” e “Voz Feminina Revelação”.
O aquecimento dessa atuação foi feito por Moikana e Deny Dancer, as duas bailarinas que incentivaram o público a dançar e cantar. Logo de seguida, Chelsea entrou ao som de “Céu AZul”, de Versos & Poesias de Black Spygo, música que o público cantou mais alto que a própria cantora. Seguiu-se “Unfollow” e “Traços” em colaboração com Edgar Domingos, músicas extraídas do seu primeiro projeto a solo, o álbum Catarse, lançado no dia 31 de março deste ano.
Esta sexta-feira atuam Stewart Sukuma, África Negra, Ferro Gaita, Yola Semedo, Tabanka Djaz, Valete, Julinho KSD, Mafia 73 e fecha com o quarteto da Vialonga, Wet Bed Gang.
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