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Cabo Verde vai acolher, em Março de 2019, o primeiro Festival de Capoeira Intercultural, uma organização da Associação Cultural Afro-brasileira Oriazambi, em parceria com o município cabo-verdiano de Santa Catarina.
A informação foi dada à Inforpress, por Alberto Diogo, durante uma conferência de imprensa, onde fez um balanço da sua participação no 5.º Encontro Internacional dos Amigos de Capoeira, organizado pela Associação Cultural Afro-brasileira Oriazambi, e que decorreu na cidade de Alfas del Pi-Alicante, Espanha, de 11 a 13 de Maio.
Este encontro, informou o capoeirista, vem reforçar o compromisso de Cabo Verde para acolher, em 2019, nos concelhos de Santa Catarina, São Lourenço dos Órgãos e Santa Cruz, o primeiro Festival de Capoeira Intercultural, com confirmação de mais de 20 mestres e contra-mestres de Portugal, Brasil, Espanha, França, Alemanha, Luxemburgo e Suíça.
Neste festival, cuja abertura será em Assomada, vão decorrer actividades culturais, palestras, oficinas e visita à Cidade Velha, uma vez que, segundo Alberto Diogo, os mestres querem conhecer a história da cultura africana.
Na ocasião, vai ser feita uma cerimónia de entrega de graduação de master para o contra-mestre a Carlos Tavares Pereira, mais conhecido por Oriazambi, natural de Santa Cruz, mas que há mais de 25 anos tem desenvolvido um trabalho de capoeira na Europa.
“É um momento grande, porque é o primeiro cabo-verdiano a receber este grau de mestre e vamos contar com a participação do Presidente da República de Cabo Verde, da vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Alfas del Pi e de grandes mestres de capoeira internacionais”, disse.
Tendo em conta que esta cerimónia acontece no mês de Março, informou que vão ser feitas homenagens as capoeiristas mulheres e às mulheres no geral.
No 5.º Encontro Internacional dos Amigos de Capoeira que decorreu em Espanha, participaram cerca de 100 capoeiristas e 20 mestres e contra-mestres de Portugal, Brasil, Espanha, França, Alemanha e Cabo Verde.
De Cabo Verde para além de Alberto Diogo, participaram também os capoeiristas, Tony Vaz, de Órgãos, e Ady Afro, de Santa Cruz.
“Participamos em várias oficinas de capoeira e isso permitiu-nos enriquecer nosso conhecimento em termos de capoeira, em termos de como trabalhar com as crianças, adultos e portadores de deficiência. Vamos conseguir fazer um trabalho maior a nível de capoeira em Cabo Verde”, disse.
Houve ainda demonstração da cultura cabo-verdiana, através da dança com sanjon e batuque na abertura do 5.º Encontro Internacional dos Amigos de Capoeira, informou.
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