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O Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD), em Mindelo, vai inaugurar na próxima quarta-feira, dia 30 de Julho, pelas 18h30, a exposição Simenti di onti na Txon di Manhan. O evento, que decorre nas galerias Luísa Queirós e Bela Duarte, integra as celebrações dos 50 anos da Independência de Cabo Verde e marca também o terceiro aniversário da reabertura do CNAD. A mostra estará patente nas Galerias Luísa Queirós e Bela Duarte, na sede do CNAD, em plena Praça Amílcar Cabral, no Mindelo.
A iniciativa, sob a tutela do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, propõe uma reflexão crítica sobre os processos estéticos que têm moldado a identidade cabo-verdiana desde a independência. A exposição convida artistas selecionados a interrogar os modos como a nação foi sendo construída visual e simbolicamente, partindo do questionamento “que diferenças foram incluídas ou excluídas? Que desafios se colocam à arte contemporânea num país onde a reconciliação e a paz têm sido valores projetados no imaginário coletivo?”
O projeto procura ainda questionar os legados históricos que continuam a influenciar a produção artística cabo-verdiana. A persistência de estéticas associadas ao movimento Claridade, nascido num contexto luso-tropicalista há quase um século, ou a reemergência de simbologias coloniais após o fervor revolucionário das décadas de 1970 e 1980, são alguns dos temas convocados. A exposição desafia, por isso, a pensar uma arte que escape às amarras da representação cultural ou da instrumentalização política, e que se afirme como “ato de renovação” e “imaginação poética”, enraizada nos múltiplos “chãos” da experiência cabo-verdiana.
Além da mostra, o programa comemorativo inclui várias atividades paralelas. No dia 25 de julho, às 18h30, será lançado o livro Atlântica: Arte Contemporânea de Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e a sua Diáspora. Seguem-se três sessões do ciclo de conversas FALÁ: a primeira com Irineu Rocha, no dia 28; a segunda com Melissa Rodrigues, no dia 29, sob o tema “Imaginação radical como prática de libertação – Exercícios de curadoria, programação e fazer coletivo”; e a terceira com César Schofield Cardoso, no dia 31, todas marcadas para as 18h30.
A noite de 30 de julho contará ainda com dois concertos do projeto Vibrações Fractais, às 20h00 e às 21h30, protagonizados por Caplan Neves e Vamar Martins, num tributo ao compositor e músico Vasco Martins.
Ao longo de vários dias, o CNAD transforma-se assim num espaço de celebração, mas também de interrogação crítica e de produção de novos sentidos para o presente e o futuro da criação artística em Cabo Verde.
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