Design angolano marca presença na 24.ª Exposição Internacional da Trienal de Milão

Angola está representada na 24.ª Exposição Internacional da Trienal de Milão, que decorre entre 13 de maio e 9 de novembro de 2025, sob o tema “Desigualdades”. A presença angolana resulta de uma colaboração entre a associação AO Criativa, os designers e professores Eugenia Chiara e Arturo Dell'Acqua Bellavitis, e a Embaixada da Itália em Luanda, através da iniciativa Italian Design Day (IDD).

A participação angolana, com a curadoria da AO Criativa, tem como objetivo valorizar a identidade contemporânea do país e destacar o talento emergente de criativos locais. A exposição integra-se num processo de co-criação desenvolvido em Luanda, envolvendo artistas, produtores de vídeo, estudantes de arquitectura, exploradores urbanos e animadores culturais, reunidos numa oficina de design.

Sob o título "Made in Angola", a mostra apresenta uma selecção de peças desenvolvidas em laboratórios criativos da capital angolana, que aliam competência artística e sustentabilidade. A iniciativa pretende afirmar o design como motor de transformação social, gerar oportunidades económicas para comunidades vulneráveis e promover a inclusão de jovens profissionais.

A colecção apresentada é descrita como dinâmica e multifacetada, reflectindo a evolução do mercado angolano e utilizando linguagens visuais, físicas e digitais para capturar a essência de uma identidade em afirmação. O projecto visa também reforçar os laços de intercâmbio cultural entre Angola e Itália, ao proporcionar aos visitantes uma experiência sensorial directa com as criações expostas.

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A Trienal de Milão, um dos eventos mais prestigiados do mundo no campo do design e da arquitectura, dedica esta edição às crescentes desigualdades que moldam as cidades e as sociedades contemporâneas. O evento convida artistas, coletivos, museus e instituições de todo o mundo a refletirem sobre as diferenças sociais, económicas, geográficas, étnicas e de género.

Com a presença angolana na Trienal, reafirma-se o potencial do design como ferramenta de diálogo, afirmação cultural e desenvolvimento sustentável. Além de colocar os criativos nacionais numa vitrina internacional de excelência.