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O Ispa – Instituto Universitário vai atribuir o título de Doutora Honoris Causa a Grada Kilomba, artista interdisciplinar reconhecida pelo seu trabalho de mérito, numa cerimónia de atribuição do título que se realiza no dia 14 de abril, pelas 11h, no Ispa (Lisboa).
Grada Kilomba é uma artista interdisciplinar e teórica portuguesa cujo trabalho se foca em explorar questões de memória, trauma, género, e pós-colonialismo. Formada em Psicologia Clínica e Psicanálise, pelo Ispa-Instituto Universitário, o seu trabalho conta com um extenso currículo de apresentações internacionais e faz parte de várias coleções públicas e privadas em todo o mundo.
“A atribuição do título Honoris Causa é uma forma de homenagem a alguém que merece reconhecimento público por ter realizado algo relevante, no campo científico, social e/ou artístico. Grada Kilomba tem-se destacado em todas estas áreas ao longo do seu percurso profissional, desde o momento em que foi aluna do ISPA”, afirma a Presidente do Conselho Científico do Ispa – Instituto Universitário, Teresa Garcia-Marques.
Reconhecida particularmente pelo espaço híbrido que o seu trabalho cria, onde as fronteiras entre as linguagens académicas e artísticas se confinam, a sua multidisciplinaridade expande-se desde a escrita, à leitura encenada dos seus textos, assim como instalações de vídeo e performance.
“Que histórias são contadas? Como é que são contadas? Onde são contadas? E contadas por quem?” são perguntas frequentes na sua prática artística, de forma a rever as narrativas pós-coloniais e interrogar conceitos de conhecimento, poder e violência.
Os seus trabalhos foram apresentados em grandes eventos internacionais, como: La Biennale de Lubumbashi VI; 10.ª Bienal de Berlim; Documenta 14, Kassel; 32.ª Bienal de São Paulo. Em relação a exposições individuais e colectivas Grada Kilomba apresentou o seu trabalho em Norval Art Foundation, Cidade do Cabo; Somerset House, em Londres; Amant Art Foundation, Nova Iorque; Palais de Tokyo, Paris; Pinacoteca de São Paulo; Bildmuseet, Umeå; The Power Plant, Toronto; MAAT-Museum of Art, Architecture and Technology, Lisboa; Castello di Rivoli, Turim; entre outros.
A cerimónia é aberta a toda a comunidade Ispiana (Alumni, Estudantes, Professores, Investigadores, Bolseiros, Colaboradores, Amigos do Ispa) e público em geral.
Grada Kilomba é uma artista transdisciplinar internacional, nascida em Lisboa com raízes em Angola e São Tomé e Príncipe. A sua prática artística explora questões sobre memória, trauma, género e pós-colonialismo, interrogando conceitos de conhecimento, poder e violência.
Atualmente, vive em Berlim, onde se doutorou em filosofia na Freie Universität e foi professora no Departamento de Género da Humboldt Universität.
É autora do aclamado livro Memórias da Plantação (Orfeu Negro, 2019), uma compilação de episódios de racismo quotidiano escritos sob a forma de pequenas histórias psicanalíticas. O livro foi traduzido para várias línguas e foi nomeado o livro de literatura não-ficção mais importante no Brasil, em 2019.
A artista apresentou o seu trabalho pela primeira vez em Portugal nas Galerias Municipais, em 2017. Em 2021, apresentou a instalação pública e performance O Barco | The Boat (2021), uma escultura de 32 metros de comprimento que desenha a silhueta de um navio, comissionada pela BoCA – Bienal of Contemporary Art, no MAAT, em Lisboa.
A artista é também uma das co-curadoras da 35ª Bienal de São Paulo, a inaugurar em 2023.
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