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A Casa do Comum, no Bairro Alto, recebe a 5 de novembro, às 18h30, a inauguração da exposição “Ecos da Memória”, com curadoria de Ivanova Araújo, no âmbito da 4.ª edição do MIA – Mês da Identidade Africana. A mostra, de entrada livre mediante inscrição aqui, assinala meio século das independências de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe, reunindo quatro artistas que exploram o passado como espelho do presente.
O título da exposição propõe uma leitura da história como um eco vivo e transformador. As obras apresentadas traçam um mapa polifónico de experiências, vozes e pertenças, afirmando a memória não como arquivo imutável, mas como corpo em constante reinvenção.
A artista Gigi Origo (Cabo Verde/França) trabalha a sobreposição como linguagem, fundindo matéria, memória e transparência em composições digitais que evocam a textura do real. Os rostos fragmentados das suas obras tornam-se arquiteturas de carne e lembrança, questionando o que, na imagem, resiste ao tempo. Naia Sousa (Moçambique) apresenta pinturas que transformam o cosmos em território simbólico. Com tons de roxo e azul, as suas telas evocam o feminino em metamorfose, num gesto de expansão espiritual e poética.
Em Ricardo Parker (Cabo Verde/Portugal), a urbanidade surge como campo de experimentação visual. Entre tipografia, personagem e ritmo, o artista compõe um retrato da identidade contemporânea, marcada por grafismos, ruídos e traços de memória coletiva. Já Sai Rodrigues (Cabo Verde/Holanda) faz do desenho um exercício de imaginação e afeto. Inspirado pelo ofício do pai, traduz a liberdade de criar mundos onde cada figura é também uma narrativa de resistência e ternura.
A vernissage contará ainda com performances que ampliam a dimensão sensorial da exposição. Sani Dubois, em “Chão que Vibra, Corpo que Responde”, expressa através da dança a força da resiliência, enquanto Cynthia Perez, em “Versos de Liberdade”, transforma a palavra em voz de pertença e continuidade.
Integrada na programação do MIA 2025, a exposição ficará patente na Casa do Comum até 15 de novembro e reafirma o compromisso do festival em promover diálogos artísticos entre África e a diáspora, cruzando linguagens, territórios e memórias.
A entrada é gratuita, mediante inscrição prévia através do formulário: https://forms.gle/UGSusrZHxGH9VBTT7.
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