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Edgar Domingos subiu ao palco do Lisboa ao Vivo na sexta-feira, dia 29 de agosto, para o seu primeiro concerto em nome próprio. Vindo da Huíla, o Sr. Incrível - como é chamado em referência a uma das suas músicas - nunca escondeu a ambição de levar a kizomba além fronteiras e a importância de manter o género vivo sobretudo numa altura em que as tendências musicais começam a voltar-se para outros estilos. Dúvidas houvesse sobre a capacidade de manter esse legado, o concerto dissipou-as.
Recebido com casa cheia, Domingos entrou em cena ao som de "Desmonta", single de lançamento e que viria a moldar toda a sua trajetória. Nos minutos que antecederam o início do concerto, a plateia já fazia antever uma noite de comunhão e sintonia, que viria a confirmar-se durante o resto da apresentação com vozes em uníssono a acompanhar cada verso, telemóveis erguidos a registar o momento, e uma potência que transformou o LAV num coro dedicado ao artista.
O espetáculo dividiu-se em três partes, fazendo jus ao nome do concerto "3 Egos": a primeira, To Remember, trouxe as músicas que construíram o Edgar que vemos hoje, uma viagem às origens do artista; a segunda, To Feel, foi marcada pelas canções mais emotivas, aquelas que tocam fundo e mexem com o coração; e por último, To Dance, onde ninguém ficou parado, porque as composições mais mexidas foram capazes de transformar o LAV numa pista de dança.Fotografia BANTUMEN/@Stephanmneto
Ao som de "Estragar o que está bom", Edgar não conteve a emoção e, visivelmente comovido, deixou cair lágrimas e confessou: “Hoje vou fazer história” - promessa que acabou por cumprir na entrega vocal, nas coreografias partilhadas com as duas bailarinas e no carisma de quem sabe conduzir o espetáculo como intérprete, mestre de cerimónias e dançarino.
O primeiro a partilhar o palco com o artista foi MDO (Menino de Ouro), que abriu caminho para uma noite de participações especiais. Seguiram-se Josslyn, Hellpapy e Felishia, cada um a acrescentar um brilho particular ao concerto. Mas foi a entrada de Prodígio que levou a sala ao auge da euforia. O rapper foi o convidado mais aplaudido e aclamado da noite, e juntos interpretaram "Agente 007", do álbum Ás de Copas, e "My Queen". Prodígio não só trouxe a energia dos clássicos, como deixou escapar uma frase dirigida ao amigo e colega de profissão: “Edgar é f**, não é qualquer pessoa que me tira de casa”.Fotografia BANTUMEN/@Stephanmneto
Antes de regressar para a última parte do espetáculo, Prodígio ainda ofereceu ao público refrões de sucessos como "Serias Tu" e encantou a sala com "Playa". Edgar voltou ao palco, e o abraço entre os dois artistas foi o reflexo de uma amizade que vai além da música, arrancando aplausos calorosos da plateia.
O concerto terminou, como não podia deixar de ser, com "Adoço", um dos maiores hits do seu repertório. Ao lado da sua banda e rodeado dos convidados, agradeceu com humildade pela presença de cada pessoa na sala, deixando claro que a noite foi também do público que esteve lá do início ao fim.
Fotografia de @Stephanmneto
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