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Elizandro Joel Soares de Alfredo, nascido em 1996 na angolana cidade portuária Porto Amboim, é um escritor que começa a ganhar notoriedade por causa do seu romance Realidades Camufladas, lançado no dia 14 de fevereiro de 2019 e que é a sua primeira obra literária.
Esta obra, segundo o autor, tem como principal objetivo “libertar as gerações vindouras dos colapsos mentais que têm estado a dissipar a nova geração”.
Realidades Camufladas, que até ao momento já vendeu mais de 70 cópias, está também disponível em plataformas digitais e já atingiu mais de 2000 leituras.
Antes de começar a escrever, Elizandro teve várias influências literárias, como dos escritores John Green, Dan Brown, José E. Agualusa, Jenny Han e Helena Ferrante.
Elizandro escreve de uma maneira inusitada para poder ajudar os jovens angolanos a encararem o mundo de um forma diferente e a lidarem com a globalização. A afirmação da mulher é o principal tema do romance, que aborda sobre os dramas de uma mulher que promete influenciar o mundo.
O gosto pela escrita e literatura surgiu-lhe através da triste situação que assolou a sua família nos seus primeiros anos de infância e adolescência, a separação dos seus pais. Sem o suporte de alguém devidamente preparado para lidar com as suas angústias, Elizandro começou a ler livros de Psicologia, o que o levou a fazer o estudo figadal dos adolescentes e dos seus modus vivendi e operandi.
Elizandro Joel Soares de Alfredo considera-se um romancista nato, com habilidades para escrever quase tudo ligado ao género literário de romance Novelas, Séries, Poesia ou até mesmo Crónicas. Um dos seus sonhos é um dia escrever algo que possa vir a ser uma aposta da Netflix para se tornar num filme ou numa série.
Conheço várias obras literárias que podem servir de exemplo para os jovens escritores como Quem É Você Alasca, de John Green; Os Da Minha Rua, de Odjaki; A Sociedade dos Sonhadores Involuntários, de José Eduardo Agualusa; A Amiga Genial, A Série Completa, de Helena Ferrante; E Se Obama Fosse Africano, de Mia Couto. São tantos, mas não me vou alongar, estes livros marcaram a minha vida e foram escritos por autores que, na minha opinião, trouxeram uma nova roupagem para a literatura.
É claro! Eu gostaria de ter escrito o livro A Culpa das Estrelas, de John Green, pela forma diferencial que o escritor mostrou ao mundo que o amor ainda existe. As pessoas andam muito cépticas em relação ao amor e John, com a sua escrita doce e muito inteligente, escreveu um livro que eu queria ter escrito.
Fazendo uma análise sobre a maioria dos leitores angolanos, posso afirmar que a maioria possui um nível médio de exigência, porque os leitores na sua maioria precisam ganhar mais interesse pela arte da literatura e conhecer os mais variados escritores para assim tornarem-se mais exigentes. As escolas devem contribuir mais neste aspeto, mas é importante salientar que também conheço muita gente que possui um nível de exigência muito alto, leitores vorazes, rigorosos e muito intelectuais que cobram o máximo possível do autor. É muito relativo, mas a maioria vence, por isto eu desejo que a literatura seja uma nova febre em Angola.
Os meus leitores cobram imenso de mim, e a melhor parte é que além de críticos, eles têm sido motivadores, leitores vorazes e sonhadores. Digo sonhadores, porque eles absorvem as personagens e entram para dentro da história. É fantástico, espero que exijam mais e mais de mim, para que eu me possa superar a cada dia.
O meu principal ideal de escrita é mostrar ao mundo que escrever com um vocabulário restrito pode até contribuir na relação entre o leitor e o dicionário, porém traz alguma ambiguidade na literatura. Conheço leitores que acham alguns livros chatos por causa do vocábulo, por isto quero investir mais e mais na escrita simples de modo a cativar todos os leitores. Quero continuar a trabalhar para perseguir a escrita mais atractiva, envolvente e marcante.
No meu próximo trabalho irei abordar sobre os preconceitos escondidos, a afirmação da mulher no mundo atual, o feminismo, o machismo e tudo o que engloba o universo dos sonhos, a trilogia completa do “Realidades Camufladas” irá marcar esta e as próximas gerações.
O dom da escrita foi um dom que me foi atribuído por Deus. Eu sinto que nasci para isto. Mas, estaria a mentir se não admite-se que, lá atrás, tive muito receio de mostrar os meus textos para alguém. As pessoas têm uma enorme dificuldade em aceitar os novos sonhadores e sempre tive receio disto, mas graças a Deus tudo tem corrido bem e a cada alvorecer sinto que nasci para ser escritor.
Humildemente falando, aqui na minha província sou um dos pioneiros, mas ainda tenho muito que trabalhar para atingir o renome. Tudo ao seu tempo. De momento, sinto-me bem por ver as pessoas a lerem a minha obra e a mostrarem respeito e admiração por mim. Quero atingir o mercado internacional, o resto para mim são meros detalhes.
Não nego que os livros físicos são a melhor opção, mas os livros digitais ajudam imenso tendo em conta o fenómeno da globalização, os downloads possibilitam a aquisição de um livro a qualquer instante e facilitam os escritores da nova geração que têm uma enorme dificuldade em conseguir editoras para os lançamentos dos seus trabalhos.
Tenho perspetivas de lançar um livro de poemas, mas lá à frente, quando tiver terminado de lançar a trilogia Realidades Camufladas. Garanto que tenho muitas surpresas para os leitores.
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