Érica Raposo e as propostas para repensar a gestão pública em São Tomé e Príncipe

21 de Outubro de 2025
Érica Raposo gestão pública São Tomé e Príncipe
Érica Raposo | DR

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Uma nova geração de académicos africanos está a redefinir o panorama da investigação no continente e Érica Raposo, Estrategista e docente na Global Business School, é um dos nomes em destaque. Investigadora científica e doutoranda em Comportamento Organizacional, a santomense tem-se afirmado como uma das vozes mais promissoras na área da gestão pública africana.

O seu estudo pioneiro analisa o impacto das recompensas não financeiras no desempenho organizacional do setor público em São Tomé e Príncipe, oferecendo uma perspetiva inovadora sobre motivação, produtividade e cultura institucional. A pesquisa, recentemente apresentada ao Governo santomense, conta com apoio institucional e propõe um modelo de valorização dos trabalhadores centrado em fatores como o reconhecimento, o desenvolvimento profissional e as oportunidades de progressão.

Em vez de se focar apenas em salários e bónus, o trabalho de Érica Raposo destaca o papel transformador das recompensas imateriais, capazes de estimular o compromisso, a satisfação e o desempenho sustentável. “O desempenho organizacional não depende apenas de incentivos financeiros, mas de uma cultura de reconhecimento e crescimento que inspire as pessoas a dar o seu melhor”, sublinha a investigadora.

Os resultados deste estudo têm potencial de replicação noutros contextos africanos, especialmente nos países africanos lusófonos que partilham estruturas administrativas e desafios institucionais semelhantes. A aplicação prática do modelo poderá fortalecer as capacidades organizacionais, impulsionar programas de formação e promover lideranças mais eficazes e humanas no setor público.

Ao colocar São Tomé e Príncipe no mapa da investigação internacional sobre Gestão Estratégica de Recursos Humanos, Érica Raposo quer contribuir para um movimento mais amplo de modernização e descolonização do conhecimento científico africano.

O seu trabalho é também um lembrete de que a inovação em África nasce cada vez mais dentro do próprio continente com jovens investigadores que aliam rigor académico, compromisso social e visão, projetando novas formas de pensar o futuro das instituições públicas africanas.

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