De projeto comunitário a festival para todos, LusoFolia chega a Oeiras a 26 de setembro

8 de Setembro de 2025
festival lusofolia oeiras 2025
Karyna Gomes, uma das artistas a atuar no festival | DR

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O LusoFolia Festival 2025 acontecerá no dia 26 de setembro no Jardim Municipal de Oeiras, com entrada gratuita até aos 6 anos e pago a partir dos 7, é destinado a todos os públicos. A abertura de portas é às 16h00, começando com oficinas de artesanato, gastronomia e dança.


O evento nasce do que começou por ser um projeto social e afirma-se hoje como um festival de artes performativas que dá expressão à diversidade da lusofonia. Concebido no âmbito do Bairro Encena, desenvolvido pela Palco Unânime Associação Cultural e apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência da Câmara Municipal de Oeiras, o projeto formou jovens produtores culturais oriundos de bairros como Outurela, Portela, São Marçal e Alto dos Barronhos, oferecendo-lhes um espaço raramente acessível: o palco.


“Tudo começou nas oficinas artísticas, onde surgiu um espírito de união real, cumplicidade e uma vontade enorme de virar o jogo. Sentimos que não podíamos ficar só por ali, queríamos mais. Então juntámos a nossa energia e criámos algo que nos desse autonomia, que não dependesse apenas da Câmara de Oeiras. A ideia foi criar oportunidades, gerar trabalho e dar palco a quem normalmente não tem. E assim nasceu o LusoFolia. A Câmara abraçou a ideia, artistas de renome deram a cara e até a RTP África se juntou ao movimento. Foi um passo natural, mas com muito suor e coração” explicaram os membros da organização, Valéria Carvalho, Reyz e Michel Galvão.


Jovens afrodescendentes assumem papéis centrais em todas as frentes - da produção à técnica, passando pela cenografia, figurinos e artes plásticas - transformando o festival numa experiência cultural total. Também a comunidade local está presente através do Clube de Artesanato, cujas peças sustentáveis, produzidas a partir de materiais reciclados, decoram o recinto e reforçam a ligação entre arte, inclusão social e sustentabilidade.


A música divide-se em três blocos temáticos: As mulheres e o mar, Atlântico vivo e Arte urbana. O primeiro dá palco a Ana Laíns (Portugal), Selma Uamusse (Moçambique), Luiana Abrantes (Angola), Karyna Gomes (Guiné-Bissau) e Valéria Carvalho (Brasil). O segundo apresenta encontros atlânticos com Rui Veloso (Portugal), Dany Silva (Cabo Verde) e Zé Renato (Brasil). O terceiro bloco é dedicado à cena rap, com atuações de Valete, Pragga, Reyz, Neuro Mc, entre outros.


A organização do festival não esconde o desejo de querer servir como modelo para outros municípios que queiram combater a exclusão cultural e dar visibilidade a novos talentos. “Um bom exemplo vale mais do que mil palavras. Se nós conseguirmos, qualquer comunidade com vontade e união também pode. O segredo está em acreditar, arregaçar as mangas e mostrar que é possível fazer diferente. Podemos não só inspirar, mas também ensinar o caminho das pedras  e provar que a cultura nas periferias tem força, tem talento e merece ser vista. Neste momento, o foco está em conquistar esta primeira edição. O importante agora é que as pessoas percebam o que está por trás desta aposta e apoiem, comprando bilhetes, estando presentes e fazendo parte. O futuro? Isso está nas mãos de Deus. Mas uma coisa é certa: o LusoFolia não vai parar. Porque quando há união, há força. Somos um só corpo, um só coração”, afirmaram.


Para além da música, o evento integra gastronomia, dança e artesanato, consolidando-se como uma experiência cultural completa, inclusiva e ambientalmente responsável. O patrocínio oficial da RTP África sublinha o compromisso com a promoção da cultura lusófona.

O LusoFolia terá ainda um podcast oficial, no qual as marcas poderão promover-se através de anúncios de 20 segundos. Alinhado com a Agenda 2030 das Nações Unidas, o evento aposta na sustentabilidade e na construção de pontes entre culturas.

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