Guiné-Bissau e Brasil investem na cooperação cultural como elo entre África e América Latina

7 de Agosto de 2025
Guiné-Bissau Brasil cooperação cultural
Nancy Cardoso durante a reunião com governantes brasileiros | DR

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Em mais um passo firme na construção de pontes culturais entre África e América Latina, a Secretária de Estado da Cultura e Turismo da Guiné-Bissau, Nancy Raisa da Silva Alves Cardoso, participou nesta segunda-feira, 4 de agosto de 2025, numa reunião estratégica com autoridades culturais brasileiras, na cidade de Guarulhos, em São Paulo.

O encontro integrou a visita oficial da governante guineense ao Brasil e teve como foco reforçar os laços entre os dois países por via da cultura, através de intercâmbios, parcerias institucionais e iniciativas voltadas à valorização das memórias africanas na diáspora.

Estiveram presentes na reunião Taís Vanessa Monteiro, Secretária de Cultura do Município de Marília (SP); Flávia Martins, Diretora Executiva do Museu Afro Brasil Emanoel Araújo; João Márcio Vaz, Secretário Municipal de Cultura de Guarulhos (SP) e Rodrigo Redoschi, Secretário Municipal de Desenvolvimento Económico de Guarulhos.

O diálogo teve como base o reconhecimento da ancestralidade comum e a valorização das expressões culturais afrodescendentes como fundamentos estratégicos para o fortalecimento da identidade, da memória histórica e da resistência dos povos africanos e da diáspora.

Segundo nota divulgada pela Secretaria de Estado da Cultura da Guiné-Bissau, na sua rede social, a reunião representa um compromisso político e simbólico com a cultura como instrumento de soberania e transformação social.

A diversidade étnica e cultural da Guiné-Bissau constitui uma das suas maiores riquezas. E essa pluralidade reflete-se nas línguas faladas no país, além do português, escutam-se o crioulo guineense, o fula, o balanta e o mandinga, felupe, entre outras. São idiomas que carregam cosmovisões próprias, expressões culturais e um sentido de pertencimento coletivo.

Cada grupo étnico apresenta manifestações culturais, expressões religiosas e modos de vida próprios, além de uma organização social e hierárquica que lhe é característica.

A reunião em São Paulo consolida a aposta de Guiné-Bissau numa diplomacia cultural afrocentrada, em que a cooperação entre povos do Sul Global se faz através do reconhecimento mútuo, da solidariedade histórica e da circulação de saberes. É um gesto que reafirma o lugar central da cultura na construção de futuros possíveis enraizados na ancestralidade, mas voltados para o mundo.

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