Helena Uambembe leva “Long Long Long” à 36ª Bienal de São Paulo

2 de Setembro de 2025
Helena Uambembe bienal São Paulo
©André Marc Räubig

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A artista Helena Uambembe, representada pela Jahmek Contemporary Art, integra a 36ª Bienal de São Paulo, uma das mais prestigiadas plataformas internacionais de arte contemporânea. Nesta edição, apresenta a instalação Long Long Long, uma obra que combina vídeo e pintura em grande escala, cruzando mitologia grega, folclore africano e memórias pessoais.

Comissionada para a Bienal, a instalação Long Long Long  imagina a ruptura catastrófica de um tempo esquecido de equilíbrio e harmonia. No centro da narrativa, dois irmãos gémeos gigantes travam uma luta incessante, cuja rivalidade atravessa a terra e reluz na vida das pequenas criaturas ao seu redor.



O vídeo, marcado por jogos de luz, sombra e narração, cria um ambiente imersivo que dialoga com a pintura que o antecede, um portal visual expandido por cores ácidas, presenças espectrais e reinterpretações de arquivo.

Para além da dimensão mítica, Long Long Long inscreve-se também em geografias ligadas à história pessoal da artista, lembrando lugares como o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, e o Morro do Moco, em Angola. A instalação revisita ainda as memórias da comunidade angolana de Pomfret, na África do Sul, localidade marcada pelo recrutamento forçado no 32º Batalhão do exército do apartheid e pela exploração laboral.

Nascida em 1994, filha de pais angolanos refugiados em Pomfret durante a guerra civil, Helena Uambembe construiu uma prática artística marcada por memórias familiares e traumas coletivos. Atualmente a viver e trabalhar em Berlim, já expôs na Art Basel, Bienal de Lagos, Rencontres de Bamako e no programa público do Pavilhão Britânico da Bienal de Veneza. Foi distinguida com prémios como o David Koloane Award (2019), o Baloise Art Prize (2022) e o Ars Viva Prize (2024).

 A sua participação na Bienal de São Paulo reforça o papel da Jahmek Contemporary Art, galeria sediada em Luanda, que se tem afirmado como uma plataforma de diálogo crítico e projeção internacional da nova geração de artistas angolanos, entre os quais se destacam Sandra Poulson, Mónica de Miranda, Kiluanji Kia Henda e Délio Jasse.

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