“Irís”: o filme angolano que retrata os desafios da neurodiversidade

No dia 2 de Julho, estreia em Portugal, o filme Íris - O mergulho no mundo dos autistas, uma obra cinematográfica que convida o público a conhecer o universo inviabilizado das perturbações do neurodesenvolvimento. Baseado numa história verídica e filmado em Angola, o filme retrata a luta solitária de uma mãe diante do diagnóstico de autismo do seu filho, num sistema que pouco fala sobre essas questões e ainda é cercado por preconceitos.

Íris é uma mulher, mãe de 35 anos, licenciada em Comunicação Social, cuja vida sofre uma mudança quando o filho, Nassor, é diagnosticado com autismo. Impulsionada pelo amor de mãe e pela urgência de agir, encontra-se com outra mulher que partilha a mesma luta que ela. Como consequência dessa união, fundam, com meios limitados, o primeiro centro de acolhimento para crianças com perturbações do neurodesenvolvimento em Angola.

As primeiras exibições do filme terão lugar em três cidades: Lisboa a 2 de Julho, pelas 18h00 na sala 3 do Cinema São Jorge, Castro Verde (Beja), a 4 de Julho pelas 11h00 no CineTeatro Municipal e Setúbal, a 16 de Julho pelas 18h00 no Cinema Charlot - Auditório Municipal. A entrada é gratuita mediante reserva, e cada sessão será seguida de uma conversa aberta com a equipa do filme, convidando o público a partilhar experiências, perguntas e reflexões.

A produção é independente e aposta numa abordagem cinematográfica simples, próxima e humana. O objetivo da obra é apresentar-se em festivais, escolas, espaços comunitários e culturais que queiram promover o diálogo sobre neurodiversidade, inclusão e justiça social.

Ao dar lugar a uma realidade tantas vezes escondida, Íris - O mergulho no mundo dos autistas contribui, de forma positiva, para a construção do debate e de uma sociedade mais consciencializada, empática e inclusiva.