Lindu Mona lança “Ngasolo” e abre caminho para o álbum “Muxima”

30 de Maio de 2025
Lindu Mona lança Ngasolo Muxima
📸:Lindu Mona

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Depois de Kalunga (Ancestral), o artista Lindu Mona regressa agora com Muxima, o segundo capítulo de uma trilogia que cruza música, espiritualidade e expressão visual. Muxima, que significa “coração” em kimbundu, é uma ode à espiritualidade livre, ao sincretismo religioso e às raízes culturais de Angola, com influências diretas da música urbana contemporânea.


Na visão do artista, expressa através da ideia de "Ngasolo", que em português significa adorar ou gostar muito, a espiritualidade não se restringe a dogmas, mas demonstra-se no corpo, na natureza, no prazer e na liberdade. “Adoro o Sol, adoro o Sal, adoro o Mar, adoro a Lua, adoro a sensualidade da vida”, pode ler-se no comunicado. Além disso é também uma afirmação da resiliência negra, refletida nos processos de sincretismo religioso que, apesar das perseguições históricas, deram origem a práticas como o Candomblé, Umbanda, Vodu ou Santería, preservando saberes, forças e memórias colectivas.


O disco, que mistura sonoridades afro-urbanas com referências rituais e pagãs, foi criado em colaboração com Ritta Tristany, Jorge Silva, Vítor Carvalho e conta com a produção, mistura e masterização de Pedro Cardoso (DJN.K). No plano visual, a identidade do projeto foi desenvolvida por Lindu Mona, com design de Alberto Kintas e vídeos realizados por Claudio, da Real’ish Films.


Muxima marca uma viragem mais urbana na discografia de Lindu Mona, sem romper com a ligação às tradições ancestrais. A obra posiciona-se como uma resposta estética e espiritual aos desafios da contemporaneidade e traz à superfície temas como a liberdade de crença, a valorização das religiões de matriz africana e a importância do respeito à diversidade religiosa como base de uma sociedade justa e inclusiva.


Nascido em São Paulo da Assunção de Loanda (Luanda), dedicou-se à música desde tenra idade, começando nos coros da Igreja Adventista e, mais tarde, integrou grupos que faziam versões de temas populares da época, incluindo formações de rock sinfónico como os Tantra e os Perspectiva. A partir da década de 1990, seguiu um percurso próprio, focando-se na criação de música original inspirada nas sonoridades de Angola, país que considera uma fonte inesgotável de riqueza cultural.


Ao longo destes anos, o artista apresentou-se ao vivo em vários palcos internacionais e nacionais, com destaque para o Festival Sete Sóis Sete Luas (Itália), Maré de Agosto (Açores), City of London Festival (Londres), bem como em cidades como Évora, Lisboa, Viseu, Tondela, Guarda, Ovar, Caldas da Rainha, Figueira da Foz e Fundão.

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