Matamba Joaquim eleito vice-presidente da Assembleia Geral da Academia Portuguesa de Cinema

O ator Matamba Joaquim foi eleito vice-presidente da Assembleia Geral da Academia Portuguesa de Cinema, no âmbito da Assembleia Geral de eleição dos Órgãos Sociais para o triénio 2026–2028, realizada na passada quinta-feira, 18 de dezembro. A eleição surge num ano que o próprio descreve como particularmente intenso, marcado por conquistas profissionais, processos criativos exigentes e mudanças pessoais.

“2025 tem sido uma montanha-russa de emoções”, afirmou, ao fazer o balanço de um período que incluiu a celebração dos 16 anos do Teatro Griot, estrutura com a qual mantém uma ligação próxima, e a participação em El Cautivo, do realizador espanhol Alejandro Amenábar, atualmente em exibição em salas de cinema em Espanha. O projeto, centrado na juventude de Miguel de Cervantes, representou, segundo o ator, “um passo importante”, alinhado com o objetivo de continuar a desenvolver trabalho fora de Portugal.

Ainda em 2025, Matamba integrou Aleluia, novo filme do realizador angolano Zezé Gamboa, no qual assume o papel de protagonista. Produzido pela Terra Treme, o projeto é descrito pelo ator como uma imersão profunda e reveladora, vivida num contexto emocionalmente intenso, marcado também pela perda de um amigo próximo durante as filmagens, Kota Gita Cerveira.

A entrada nos órgãos da Academia surge na reta final do ano, após convite da atriz Carla Chambel, eleita presidente da instituição. A nova direção integra ainda Frederico Corado como vice-presidente, Bruno Caetano como vogal, Ana Paula Rocha como secretária e Helena Batista como tesoureira. Na Mesa da Assembleia Geral, o diretor de fotografia Tony Costa foi eleito presidente, com Matamba Joaquim como vice-presidente e Ana Rocha de Sousa como secretária. O Conselho Fiscal é presidido por Gonçalo Galvão Teles, acompanhado por Joana Domingues e Natália Bogalho.

Entre as prioridades definidas para o novo ciclo estão o reforço da identidade lusófona no circuito cinematográfico internacional, a aproximação do cinema aos jovens e à educação, a valorização da memória, da inovação e da acessibilidade, bem como a aposta na formação, na descentralização e no fortalecimento da relação com o público.

Na tomada de posse, Carla Chambel sublinhou a continuidade do trabalho desenvolvido pela anterior direção, liderada por Paulo Trancoso, e apontou como objetivo a construção de “uma Academia mais diversa, representativa e atenta ao presente”. Uma visão que Matamba Joaquim diz partilhar, assumindo agora o compromisso de contribuir ativamente para esse caminho. “Acreditamos todos nessa ideia”, referiu. “Agora é arregaçar as mangas e trabalhar.”