"A mensagem de alguns mudou porque conseguiram status", falámos com MV Bill horas antes da estreia em Lisboa

27 de Setembro de 2025
mv bill entrevista
MV Bill via Instagram | DR

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A realidade contida nos raps do MV Bill deu uma visão ampla da realidade de quem vive nas periferias brasileiras. “Soldado do Morro”, presente no  álbum “Traficando Informação” (1998), desnudou uma vivência que poucos estavam prontos para ver. Muito mais que um rapper, ele é um cronista que dá voz para quem não pode falar. “Na Visão do Morador”, seu mais recente álbum (2024), mostra o sentimento dos moradores de comunidades e favelas, principalmente do Rio de Janeiro, onde vive.

Cria da Cidade de Deus, Alexandre Pereira Barbosa, seu nome de batismo, Bill é reconhecido para além da música. Essa mesma realidade das letras, ele compartilha nos livros, como “Cabeça de Porco (2005) e “Falcão – Meninos do Tráfico” (2006), que foi adaptado em documentário exibido pela TV Globo. Na sua primeira vez em Portugal, neste sábado, 27, no Lisboa ao Vivo, MV pretende conectar-se ainda mais com o público lusófono no concerto único que fará acompanhado pela rapper Kmila CDD. A BANTUMEN falou com o artista horas antes daquela que será a sua estreia em terras lusas, uma iniciativa conjunta entre a Hip Hop Sou Eu e a CUFA Portugal - organização sem fins lucrativos criada no Brasil que promove o protagonismo de jovens em comunidades carentes e da qual é cofundador.


É a sua primeira vez em Portugal para fazer show?

Isso, é a minha primeira vez em Portugal. Nunca tive a oportunidade de ir.  Mas desde o início da minha carreira eu sempre ouvi boatos da galera de lá dizendo que ouvia nosso som, o pessoal de Angola e Moçambique também, mas nunca tive oportunidade de estar junto. Na verdade eu já recebi alguns convites, mas não achei que eram tão legais para a época,  E aí, resolvi deixar para uma oportunidade melhor. Essa, considerei ser uma boa chance.

Em Portugal ouve-se muito rap brasileiro, sendo referência para a galera de lá e toda a comunidade lusófona, que inclui os países africanos. Você tem acompanhado artistas desses países?

Claro, eu acompanho alguns, mas eu acho que de uma forma geral o Brasil é pouco recíproco com esses países. Eu acho que a gente é muito mais ouvido, e não estou falando só do rap. Vou falar só de Portugal, por exemplo. A música brasileira é muito mais ouvida em Portugal do que o contrário. A gente não tem esse ouvido aberto com essa disposição para ouvir os rappers que fazem som na língua portuguesa que faz parte da lusofonia. Então isso acaba, às vezes, atrapalhando o trânsito, não só o trânsito musical, mas a gente também poder tocar, fazer intercâmbio com outros artistas. Eu tenho parceria com NGA ("Um Só Coração"), que é Angolano e vive em Portugal, mas acho que é muito pouco, assim, para o tamanho da carreira que eu tenho, o tamanho que o rap tem no Brasil, para o tamanho que o rap tem nesses países de língua portuguesa. A gente devia transitar mais e se frequentar mais.


Acredita que o sotaque é uma barreira? Porque apesar de falarmos português, o brasileiro é o mais  diferente de todos…

Percebo que às vezes causa um estranhamento. Eu não, porque já estou com o ouvido acostumado, mas outra pessoa que não está, causa um estranhamento de ouvir a língua portuguesa, seu próprio idioma, sendo que falado de uma outra forma, sotaque, linguagem e características diferentes, que faz com que não dê para entender algumas coisas logo de primeira. Mas acho que é falta de costume, porque o espanhol que é falado no Chile não é o mesmo o espanhol que é falado no México. Você assiste séries em espanhol, se é do México, os caras falam rápido pra caralho. Aí, se for uma coisa da Colômbia, eu já consigo entender melhor.


Mas se a pessoa tem o ouvido acostumado com o castelhano, com o espanhol, isso entra facilmente. Acho que falta essa frequência nossa, falta esse costume para a gente poder interagir mais entre nós e os países que falam a língua portuguesa, porque estamos predispostos para ouvir o rap americano, que a gente não está entendendo nada (quem não fala inglês). E até quem fala inglês, às vezes, não consegue entender por conta da rapidez. Se a gente tiver essa mesma predisposição que temos com o rap norte-americano, fazendo isso com os raps de língua portuguesa, vamos conseguir interagir mais.

A gente tá na América Latina, na América do Sul, e não acompanhamos o que tá rolando aqui ao nosso redor, entre os nossos vizinhos. Também não temos esse interesse, a não ser quando algum artista ganha evidência global, como Maluma e Bad Bunny.

É, cara... para nós que somos da América do Sul e América Latina, a língua, nesse caso aqui, nos isola um pouco. Isso porque a gente é o único país aqui falando português, rodeado por um monte de gente falando espanhol. Então, deixa a um pouco meio isolado, mas concordo com você, e acho que acaba sendo uma burrice. Mesmo que seja de hip-hop, se a gente se juntar com as latinidades, com as músicas que tem próximo de nós aqui, não só do Brasil, porque o próprio Brasil já é um continente. Você vai para o Nordeste, tem um tipo de música. Você chega lá no Sul, é outro tipo de música. E se você coloca cada música dessa no rap, tira um resultado diferente. 


Até o lance o Brasil tem essa essas diferenças linguísticas também... e falando desse seu show em Portugal, o que você está levando para se conectar com o público local?

Eu já fiz alguns shows fora do Brasil, mas acredito que nenhuma experiência vai ser tão agradável e tão importante quanto essa de Portugal. Porque, lógico, quero que os brasileiros que estejam lá e gostem do meu som estejam presentes também, mas vai ser a oportunidade de cantar para o público local, gente do próprio país, gente dos países vizinhos, dos países africanos e todo mundo que entendeu o que eu tô falando. Meu primeiro show fora do Brasil foi na Dinamarca, e lá teve que ter um telão com a letra passando. Então, a pessoa tinha que ficar olhando pra mim e para o telão pra entender o que eu estava falando. Não me senti muito bem compreendido. Então, em Portugal, acredito que isso não será uma barreira, então é uma oportunidade mais especial ainda. Como eu nunca fui, basicamente, vou tocar as músicas mais conhecidas, as músicas clássicas, as que marcaram a minha carreira, a minha história. Vou tocar algumas do repertório mais atual, mas a intenção é tocar música até o pessoal ficar lá. Enquanto tiver gente, vamos cantando. 


Eu ia te perguntar exatamente sobre o repertório, porque a sua discografia é gigantesca... porém, tem as mais conhecidas, principalmente os clássicos. 

Percebo que a galera que está confirmando a presença é uma galera que já não é tão jovem assim, cara? E pode ser que essa rapaziada esteja muito ligada nas músicas que são do primeiro e do segundo disco, né? Que são basicamente onde estão as músicas mais conhecidas. Então, eu tenho que tocar essas músicas. Eu sei que tem alguns artistas que têm um pouco de trauma com músicas que marcaram. Eu não tenho isso, até pelo meio musical que eu sou, que é o rap. Quando as pessoas me ligam a uma música que elas conhecem é tipo "Soldado do Morro",  tipo "Só Deus Pode Me Julgar". É um orgulho saber que uma música minha entrou na vida, na cabeça, no coração da pessoa e ela não esqueceu nunca mais... então vou tocar todas. 


É porque geralmente quando a galera vai fazer show tem um lance de tocar as músicas do último disco e seguir só aquilo e às vezes incluir só algumas no repertório. E você tem um disco recente, de 2024 ("Na Visão do Morador"), e está sempre produzindo e lançando. Você não para.

Ele está acontecendo porque eu sou remunerado por isso, entendeu? Eu literalmente sou pago pra rimar hoje em dia. Então, eu sei que tem um público que segue o tipo de rap que eu faço, que não é qualquer um que faz mais, né? Não estou dizendo que é rap raiz, mas o tipo de rap que eu faço contando história. No meu último disco eu peguei um ponto de vista diferente. A maioria das músicas de rap periférica vai do ponto de vista do marginal ou do marginalizado, do jovem. Dessa vez eu quis trazer a visão de uma pessoa mais velha, que é o que eu sou hoje, a visão do morador, do pai de família (que eu ainda não sou, mas conheço vários) que mora lá dentro da comunidade, mas não faz parte de nada. Tem ali a convivência, porém odeia aquele universo. Isso faz eles chegarem num outro lugar. Então, tipo assim, é um álbum que eu lancei sabendo que talvez não tivesse muitas músicas que desse para botar no repertório porque o objetivo delas são diferentes. É a pessoa que vai ouvir em casa ou tomando sua cervejinha. É a pessoa que vai chegar em casa para ouvir depois do trabalho. Já tive relatos de pai ouvindo junto com filho, professor que já usou música desse disco para levar temática para sala de aula... tem músicas que às vezes, no caso do tipo de rap que eu faço, que a função não é necessariamente entrar no repertório de show. Tanto que tem muitas músicas que só gravei, mas nunca cantei na minha vida porque são músicas que vão levar as pessoas a reflexão. Às vezes tirar a pessoa da depressão, ou que está na ansiedade.


Você é um dos rappers que mantém o mesmo tipo de rap, sem mudar por conta do hype ou da onda que está em alta. Mantém a identidade do Bill, mesmo com outro tipo de sonoridade. Na sua visão o rap mudou nesses últimos anos, principalmente o tipo de mensagem?

Mudou muito. Muita coisa foi modificada. A própria favela sofreu modificações, mas tem uma coisa no Brasil periferia que é muito recorrente: a forma com que as pessoas são tratadas por desdém, descaso social, desequilíbrio, a falta de renda, de oportunidade, a marginalização, o crime que tem lá dentro, o próprio tráfico de drogas ou a milícia. Porra, tudo isso deixa toda a população daquela comunidade refém. O rap hoje mostra que mudou, mas não mudou tanto assim, entendeu? Senão a gente não teria tantas histórias de bala perdida ainda, de morte arbitrária, de guerras de facções, de operação policial. Essas coisas continuam acontecendo. E se você ouvir algumas músicas de rap da atualidade que estão no hype, fazendo sucesso, vai parecer que essas coisas deixaram de acontecer. A música geralmente tá falando do helicóptero, da pessoa viajar, tá falando da riqueza dela, tá falando de quantos carros ela tem na garagem, mas isso é uma riqueza de uma pessoa única. No coletivo é bem diferente e o tipo de rap que eu faço ainda é bem importante, bem necessário. Só que às vezes quem dá o ouvido para o meu som não é necessariamente quem tá no meio do problema. Às vezes quem está no meio do problema está ouvindo uma música que não tem a ver com a realidade dele. 


É o lance da favela venceu, mas a favela ainda continua imersa nos problemas. Não venceu porque alguns venceram. Ela continua tentando vencer…

É, ainda não chegou no ideal de vivência como muitos pregam. A mensagem de alguns mudou porque conseguiram esses status. Mas a grande maioria continua tentando vencer. É bem nesse sentido também. Porque é necessário ainda continuar falando dessa realidade, porque ela não mudou para a maioria. Eu reconheço vitórias individuais de algumas pessoas, sem negar, mas você não pode dizer que a favela coletiva venceu. Tem muita batalha ainda pela frente, muita luta pela frente. E que bom que alguns de nós estão conseguindo essa vitória.  Mas a vitória coletiva, talvez demore gerações para  acontecer. E enquanto não acontece temos que deixar boas marcas, deixar um legado, deixar sua parcela de contribuição, deixar sua luta e seguir em frente. Mas não dá para cair nesse discurso, porque querendo ou não é uma puta de uma armadilha.


Você é um artista multifacetado. Está na música, é autor de livro e também é ator e tem vários movimentos como ator e ativista social. Chega um momento que é necessário desligar a chavinha de um e ligar a chavinha de outro? Ou tudo se convive?

 

Como eu estou numa idade de desacelerar, vou fazer 52 anos, então o meu momento é meio que de escolher um pouco as coisas que eu quero fazer.  Eu recebo muitos convites para fazer shows, e isso é a condição necessária que a gente tem que fazer. Às vezes, tem gente que quer desvalorizar o nosso trabalho porque a gente é da antiga, sabe?  E aí vamos para os lugares que não somos tratados da forma como merecemos. Isso faz com que a gente faça menos shows e só vá em lugares que temos um bom tratamento. Eu não estou falando de uma questão de cachê, sabe? De grana. Estou falando do geral, desde o primeiro contato até a contratação, condições, se eu vou poder levar o meu time completo para fazer a melhor apresentação. Tem muitas coisas que me fazem não querer ir mais para qualquer evento, fazer qualquer show. E aí o lance de ser multifacetado nesse caso é bom, porque além de estar escolhendo os poucos lugares que eu estou tocando, tem muita gente nova também que está chegando hoje como público no rap, ou até como artista, mesmo que não goste do tipo de som que eu faço (e é absolutamente normal também). Então, eu não posso contar somente com isso, porque não é qualquer pessoa que quer ouvir meu som, que quer ver a gente fazer música.  E aí nesses outros momentos eu tenho que dar sequência nas minhas coisas de literatura, faço muitas palestras, participo de feiras de livros pelo Brasil... quando tem algum convite, e dá tempo, eu também posso me dedicar a alguma participação como ator. Quando nada disso está acontecendo, eu estou dentro do estúdio gravando mais músicas para alimentar as pessoas que me seguem com esse tipo de som. Talvez no futuro eu comece a falar de outros assuntos também, como eu já falei de muitas coisas. De repente eu fale de outros assuntos que têm a ver com a minha vivência, mas desenvolvendo outras visões. Vai ser como eu desenvolvi "Na Visão do Morador". 


E você tira um tempo para escrever as músicas ou as ideias vão surgindo de acordo com que você tem observado? 

Tem as duas formas: tem eu separando o tempo, que às vezes não rende muito e tem às vezes aparecendo do nada, que também pode render, mas também pode não render muito também. Às vezes foi só o início de uma ideia, e às vezes eu quero fazer um trabalho, tipo quando eu fiz o último álbum, eu pensei: caralho, eu quero fazer um disco que fale sobre isso, que desenvolva essa visão, que fale dessa forma aqui com esse público. Aí, eu fui para dentro do estúdio, comecei a escrever as músicas e fui gravando. Uma coisa que eu não fazia e estou fazendo atualmente é não chegar no estúdio com a letra pronta. Eu tenho a ideia do que eu quero fazer, mas começo a escrever tudo lá. Aí levo uma hora e meia, duas, às vezes três horas, pra escrever a letra e depois mais uma hora pra pôr a voz. Aí faço tudo de uma vez só. Depois de ver tudo pronto temos a satisfação de lançar. 


Não tem como te desvincular da Kmila CDD, e vice-versa.

Bom, Kmila é minha irmã de sangue mesmo, além de ser irmã do coração. A gente tem uma conexão muito forte, né? No meu livro mais recente, chamado "A Vida Me Ensinou a Caminhar", eu dediquei um capítulo todo só para falar dela, da importância dentro da minha carreira e da minha vida. No palco a gente também tem uma sintonia muito boa, e ela tem um pensamento muito parecido com o meu.  Eu conheço muito bem minha irmã. Então, na hora que eu estou fazendo um som que eu acho que vai  ser a cara dela participar... eu só mando. Ela, naturalmente, na maioria das vezes,  se identifica com o som e a química acontece no estúdio com muita facilidade.


Isso funciona também com outros artistas? Recentemente você gravou com o Thaíde, que é de uma escola diferente, mas vocês seguem um caminho parecido, meio na mesma época.

Pô,  também falo do Thaíde no meu livro. O primeiro rap nacional que eu ouvi na minha vida, foi dele ("Corpo Fechado"). Na minha música "Soldado do Morro", no refrão, eu faço menção a um trecho de "Corpo Fechado", que é de 1988, que foi quando eu conheci a cultura hip-hop. Vi o Thaíde na televisão, na antiga TV Manchete, cantando, depois vi ele no Faustão (um programa popular de auditório da Globo), quase ninguém sabe disso, mas ele já esteve no Faustão quando eu nem sonhava em gravar meu primeiro disco. Então, ele é uma grande referência. Aí quando ele me chamou pra fazer um som junto pro disco dele, tinha uma outra ideia de falar do rap brasileiro, mas eu falei: pô, Thaíde, eu não consigo escrever outra coisa a não ser te agradecer, te elogiar pela pessoa que você é, pelo que você fez, pelo seu pioneirismo. Aí peguei a minha parte da letra e fiz uma reverência a ele, que eu chamo de Hip Hop Man, porque o cara tem os quatro elementos do hip-hop na pessoa dele. Ele é DJ, MC, rapper, b-boy e grafiteiro. Ele é quem mais representa, não só o rap, mas a cultura hip-hop.  


Quais são seus planos para o futuro?

Cara, eu não costumo ficar projetando tanto lá pra frente, não. É pra agora mesmo. Vou tocar em Portugal, depois volto para casa e já vou para dentro do estúdio de novo. Vamos que vamos, e vida que segue,  irmão.

O que você está ouvindo atualmente?

De tudo?


Sim! O que mais tem te chamado atenção...

Eu ouço de tudo. Mas assim, um disco que tô ouvindo aqui e tô gostando é o da Luedji Luna, lá da Bahia, tá ligado? Ela demonstrou uma maturidade musical foda. O disco dela tá muito bom. E na gringa, eu tô ouvindo o disco do... conhece o DJ e produtor The Alchemist?


Sim, muito foda!

Então, o que ele fez produzindo... acho que ele canta numa faixa, inclusive... produziu, aí quem canta é o Larry June, que é mais novo, e o 2 Chainz. O 2 Chainz, eu nem gosto tanto do som dele, mas o The Alchemist conseguiu fazer os dois se comunicarem, porque são de mundos diferentes, e dentro de um disco de rap adulto, tá ligado? Não é rap adolescente, é rap pra gente grande. O nome do disco é "Life is Beautiful". São esses dois discos aí que eu tô ouvindo mais de momento.

O The Alchemist faz um rap-rap, né? Traz essa essência daquele rap que a gente gosta de ouvir, e mesmo trazendo os caras que não fazem parte desse ambiente, ele consegue fazer com que a galera se adapte... 

Sim. O cara pode vir do rap mais bobalhão que tiver lá. Mano, se tu vai trabalhar com Alchemist, vem preparado porque é rap-rap. É rap sem medo de ser rap. Não tem jeito.  Aí... tipo, às vezes o pessoal mais jovem acaba até fazendo uma confusão mesmo. Não todo mundo, uma parte... de achar que o que não é trap é boom bap, sabe? Às vezes é só rap, irmão.

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