Netos de Amizade e J Maica levam a Guiné-Bissau a Moçambique

De 20 de agosto a 12 de setembro, Moçambique acolhe a residência artística internacional “Resistência e Afirmação Cultural na Época Colonial”, que reúne criadores da CPLP num espaço de partilha e valorização da diversidade cultural lusófona.

Numa conversa com a BANTUMEN esta terça-feira, 19 de agosto, Ector Diógenes Cassamá “Negado” afirmou que o grupo de mandjuandadi Netos de Amizade vai representar a Guiné-Bissau nesta residência artística em Moçambique, no âmbito do prestigiado projeto “Resistência e Afirmação Cultural na Época Colonial”. A iniciativa é implementada pela Associação Cultural Scala de Moçambique, financiada pela União Europeia e gerida pelo Instituto Camões, reunindo artistas de diferentes países da CPLP num exercício de memória, resistência e criação.

Cada país participante contará com dois representantes, com exceção da Guiné-Bissau, que terá três elementos: dois membros do grupo de mandjuandadi Netos de Amizade e o artista J Maica, num gesto simbólico que alia tradição e inovação, passado e futuro.

Segundo Ector Diógenes Cassamá “Negado”, “participar neste projeto é uma oportunidade de mostrar a força da cultura guineense e, ao mesmo tempo, dar espaço à nova geração que representa o futuro artístico da Guiné-Bissau.”

A residência artística, que decorre até 12 de setembro, será também um espaço privilegiado de experimentação, onde os participantes poderão aprofundar o seu trabalho, partilhar técnicas ancestrais e explorar novas linguagens criativas em diálogo com artistas e investigadores de diferentes contextos.

A presença guineense neste encontro reforça o papel do país na preservação do património histórico e identitário, projetando a mandjuandadi para um palco internacional e dando visibilidade à nova cena artística que começa a emergir na Guiné-Bissau.