Os artigos mais lidos da semana 48/52

Na última semana, o artigo mais lido na BANTUMEN foi análise de Rachide Incote sobre a crise política na Guiné-Bissau e os contornos do recente golpe de Estado. Seguiu-se o artigo “Por que mencionaram tanto o ‘Complô’ e as questões raciais?”, que trouxe novos dados sobre a detenção de Ghoya. O rapper foi detido no Alegro Setúbal no dia da estreia do documentário Complô, num caso que levantou questões sobre desigualdade racial e atuação policial em Portugal.

O terceiro lugar deste top cinco foi para o perfil de Kissanje, o restaurante angolano fundado por Cláudio Silva, em Luanda. Mais do que um espaço gastronómico, o projeto desafia a capital angolana a olhar para dentro e a valorizar a alta cozinha feita inteiramente com ingredientes nacionais.

Logo depois, o artigo sobre Anna Sousa, que trouxe para Lisboa o primeiro franchising da marca moçambicana Executive Nails. A empreendedora abriu o espaço na capital portuguesa depois de seis anos a consolidar a marca em Maputo com uma proposta de rigor técnico e atenção ao detalhe.

A fechar o top, a atriz Mina Andala conquistou os leitores ao ser distinguida com o prémio de Melhor Interpretação Secundária nos Caminhos do Cinema Português, pelo papel de Hermínia em “A Memória do Cheiro das Coisas”, de António Ferreira.


Golpe de Estado na Guiné-Bissau ou encenação para perpetuar a ditadura?

Neste artigo de opinião, o jornalista Rachide Incote revisita a sucessão de acontecimentos que colocou novamente a Guiné-Bissau no centro da atenção mediática, depois dos últimos relatos a dar conta de um alegado “golpe de Estado”. A expressão foi rapidamente adotada por diferentes meios, mas Incote propõe uma leitura mais cautelosa, partindo das atas eleitorais disponibilizadas e das circunstâncias que antecederam a intervenção militar.


“Por que mencionaram tanto o ‘Complô’ e as questões raciais?” Há novos dados sobre a detenção de Ghoya

O rapper Bruno Furtado, conhecido artisticamente como Ghoya, foi detido na passada quinta-feira, dia 20 de novembro, no interior de uma sala de cinema do centro comercial Alegro, em Setúbal, momentos antes do início da estreia do documentário Complô, obra que acompanha a sua trajetória pessoal e artística. A intervenção foi conduzida por elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP), no âmbito de um mandado para execução de 160 dias de prisão subsidiária, decorrente da não liquidação de uma multa de 1.440 euros por condução sem carta.


Kissanje, o restaurante que desafia Luanda a olhar para dentro

Na Rua Amílcar Cabral, na Maianga, em Luanda, há um novo ponto de encontro que está a dar que falar. Chama-se Kissanje e é mais do que um restaurante. É a visão de Cláudio Silva, empreendedor angolano que regressou dos Estados Unidos para apostar na ideia simples, mas ambiciosa de mostrar que a alta gastronomia africana pode nascer e crescer com ingredientes totalmente nacionais. Inaugurado em 2025, o espaço torna real um sonho antigo da família e a determinação de Silva em valorizar o produto angolano. Num panorama gastronómico onde a restauração de luxo tende a importar chefs, receitas e referências, o Kissanje segue na direção oposta. Aqui, não há pratos portugueses nem menus internacionais. O que chega à mesa é Angola no seu estado mais puro.


Anna Sousa traz a Executive Nails de Moçambique para Lisboa com a primeira franquia oficial da marca

A inauguração do primeiro espaço da Executive Nails em Lisboa marca uma etapa relevante para a marca moçambicana, embora a história que agora desemboca na capital portuguesa tenha começado muito antes. Em 2019, Anna Karina de Sousa decidiu transformar um cuidado quotidiano,  o tratamento das mãos e dos pés,  numa proposta que pretendia elevar um segmento ainda pouco valorizado no mercado moçambicano. A ideia inicial assentava na convicção de que havia espaço para um serviço mais rigoroso, sustentado por técnica apurada, atenção ao detalhe e uma experiência capaz de criar relação com o cliente.


Mina Andala vence Melhor Interpretação Secundária nos Caminhos do Cinema Português

Mina Andala foi distinguida com o Prémio de Melhor Interpretação Secundária na 31.ª edição dos Caminhos do Cinema Português, pelo papel de Hermínia em A Memória do Cheiro das Coisas, de António Ferreira. A enfermeira que interpreta, uma mulher de Barcelos, amante de papas de sarrabulho, ética, discreta e comprometida com o cuidado, tornou-se, nas palavras do júri, o “motor moral” de um filme que mergulha na violência e fragilidade dos mais desprotegidos.