Preta Gil morre aos 50 anos vítima de cancro colorretal. O que é e como se previne

21 de Julho de 2025
Preta Gil cancro colorretal

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A artista brasileira Preta Gil morreu este domingo, 20 de julho, aos 50 anos, na sequência de um cancro colorretal diagnosticado em 2023. A filha do músico Gilberto Gil estava internada em Nova Iorque, onde fazia tratamentos experimentais após uma longa batalha contra a doença. O seu falecimento reacende o debate sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce deste tipo de cancro, um dos mais comuns e letais no mundo.

O cancro colorretal afeta o cólon e o reto, as partes finais do intestino grosso. Na maioria dos casos, a doença desenvolve-se a partir de pequenos pólipos - crescimentos benignos na parede intestinal - que podem tornar-se malignos ao longo dos anos, especialmente se não forem detetados e removidos a tempo.

No caso de Preta Gil, os primeiros sinais de alerta surgiram em forma de alterações intestinais, sangue nas fezes e fadiga extrema. Após o diagnóstico, enfrentou um percurso intenso de cirurgias, quimioterapia e radioterapia. Em 2024, foi-lhe detetada uma recidiva com metástases em vários órgãos. Apesar da luta pública e inspiradora, a cantora não resistiu.

A morte de Preta Gil representa mais do que uma perda artística. Traz para o centro da discussão um problema de saúde que afeta milhões, inclusive pessoas negras, que frequentemente enfrentam desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento.


Segundo especialistas, o cancro colorretal é, em grande parte, prevenível. A chave está no rastreio e na adopção de um estilo de vida saudável. Exames como a colonoscopia devem ser realizados regularmente, começando aos 45 ou 50 anos, ou mais cedo se existir histórico familiar da doença. A deteção precoce pode evitar o desenvolvimento do cancro ou aumentar significativamente as hipóteses de cura.


Também é essencial manter uma alimentação equilibrada, privilegiando dietas ricas em fibras - como frutas, legumes e cereais integrais - e reduzindo o consumo de carnes vermelhas, processadas, alimentos industrializados, álcool e açúcar. A prática regular de exercício físico contribui para o bom funcionamento intestinal e para o controlo do peso corporal, outro fator de risco relevante. Evitar o tabaco é igualmente importante, já que o hábito de fumar está associado ao aumento do risco de vários tipos de cancro, incluindo o colorretal. Por fim, é fundamental estar atento aos sinais de alerta, como alterações persistentes no trânsito intestinal, sangue nas fezes, perda de peso inexplicada ou fadiga constante. Esses sintomas não devem ser ignorados e exigem avaliação médica imediata.

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