“Resistir Para Existir”: residência artística em Maputo reúne sete países lusófonos e revisita as lutas de libertação

4 de Setembro de 2025
Residência artística Maputo
DR

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Maputo é, neste momento, palco de uma das mais relevantes experiências colaborativas no espaço lusófono. Até 12 de setembro, artistas de sete países de língua portuguesa encontram-se na capital moçambicana para a residência artística Resistir Para Existir, uma iniciativa que revisita as memórias coletivas das lutas de libertação colonial e antifascista através de um exercício multidisciplinar.


Coordenado pela Associação Cultural Scala, em parceria com a Khuzula, o projeto selecionou artistas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Portugal, entre mais de uma centena de candidaturas. A estes juntaram-se criadores e produtores moçambicanos, reforçando a partilha e a construção coletiva.


Entre os participantes estão alguns dos nomes emergentes mais promissores das artes nos PALOP, em Portugal e em Timor-Leste, provenientes da dança, música, teatro e artes visuais. A lista inclui a cantora moçambicana Leia Nhambe, a bailarina angolana Géssica Pedro, a percussionista Cassilva, a cabo-verdiana Suaila Lima, a artista guineense Janice Candé, a atriz e encenadora portuguesa Carolina Monteiro, a são-tomense Vanessa Faray e a contadora de histórias timorense Olga Boavida, entre outros.


O processo criativo tem privilegiado a fusão de linguagens, cruzando morna, semba, gumbé, marrabenta, teatro e narrativas orais. O objetivo é a construção de uma narrativa performativa contemporânea, que não só homenageia as resistências passadas, como questiona as repercussões dessas lutas na atualidade.


O espetáculo final, que reunirá mais de 50 pessoas em palco, terá lugar a 12 de setembro, no Centro Cultural Moçambique-China, e será registado em vídeo e áudio. Todo o material integrará a plataforma digital CASA, criada para servir como repositório e biblioteca virtual das artes performativas lusófonas.


A iniciativa faz parte do projeto Resistência e Afirmação Cultural, coordenado pela Scala e desenvolvido em rede com sete instituições dos países envolvidos. Conta com o apoio do PROCULTURA, ação do programa PALOP–TL e UE financiada pela União Europeia, e co financiada pelo Camões, I.P. e pela Fundação Calouste Gulbenkian, além do apoio estratégico do Ministério da Educação e Cultura de Moçambique e da Rede de Centros Culturais Portugueses nos PALOP.

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