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A artista angolana Wyssolela Moreira apresenta-se pela segunda vez numa exposição individual com Kinenga Mu Kala, a parti desta quinta-feira 11, na galeria Jahmek Art Contemporary, em Luanda.
“Equilíbrio do Ser” é o significado em português de Kinenga Mu Kala e é exatamente sobre isso o busílis desta mostra artística. Wyssolela Moreira convida o espectador a encontrar em si mesmo a sua verdadeira versão equilibrada e completa.
Composta por dezoito obras inéditas, que abarcam as disciplinas de colagem, escrita, fotografia, instalação e videoarte, a exposição estará disponível para ser visitada a partir de quinta-feira, das 19h30 às 21h30, no número 100 da Rua Rainha Ginga (Hotel Globo).
Cada obra desta exposição, como explica Wyssolela, “é um acontecimento e uma conversa que retrata a paisagem interior de alguém como faria uma fotografia áurica. Essa imagem interna, derivada da análise interna e externa, é o corpo astral que nos conecta a tudo e a todos”.
Ainda de acordo com a artista, “muitos ensinamentos indígenas acreditam na existência de um corpo energético e que construir e manter uma consciência do estado desse corpo é importante para uma saúde ideal”.
A narrativa da criadora lida com um espectro abstrato de estados da mente e do corpo, invocando a cura do corpo, a sacralidade da água, a fluidez do eu como um ser energético e a lembrança dos métodos de cura indígenas/tradicionais. “A obra examina as partes ocultas de nossas identidades por meio de uma experiência imersiva no fascinante universo dos complexos labirintos da nossa consciência”, escreve o comunicado de imprensa enviado à BANTUMEN.
Convidado a escrever sobre a exposição, o artista plástico Magno Daniel observa que a mesma apresenta uma ampliação reflexiva do espelho universal da existência humana e espiritual, seguida de formas de desenvolvimento pessoal e espiritual. “Somos convidados a uma experiência imersiva no circuito que revela a valorização de uma relação distante entre as paisagens da mente e do corpo. Mergulhamos profundamente em nossa identidade e nos complexos labirintos de nossa consciência mecanizada.”
Após a inauguração, “Kinenga Mu Kala” ainda pode ser visitada de Terça a Sexta-Feira, das 12h às 19h, e no sábado, das 10h às 18h, na Jahmek Contemporary Art.
Wyssolela Moreira, natural de Luanda, vive e trabalha entre Toronto, Canadá, e Luanda, como artista multidisciplinar e directora de arte. A sua prática artística e experimental usa colagem, escrita, fotografia, instalação, videoarte e performance para explorar as complexidades de um ser influenciado pelas normas neocoloniais. Ela trabalha na intersecção entre arte e espiritualidade, com foco na desconstrução da herança colonial pertencente ao corpo, identidade, espaço, crença e saúde e também usa o seu trabalho para abrir espaço para experiências marginalizadas, desafiar as narrativas existentes sobre africanismo/negritude e destacar as realidades sociais da desigualdade de género e dos direitos humanos.
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