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Xullaji vai dar formação sobre Hip Hop nos Açores

9 de Agosto de 2024
Xullaji vai dar formação sobre Hip Hop nos Açores

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Xullaji vai orientar uma formação sobre Hip Hop, no âmbito do Ciclo, programa de capacitação de músicos, profissionais da cultura e pessoas curiosas por novas práticas e tendências, promovido pelo festival Tremor e o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas.


A edição 2024/2025 do Ciclo arranca com uma ação de formação destinada a artistas (profissionais ou não profissionais) e pessoas com interesse nas diferentes dimensões do hip hop, da produção musical à escrita de letras. A mesma decorrerá em formato presencial, nas instalações do Arquipélago  - Centro de Artes Contemporâneas na Ribeira Grande, Açores, em dois períodos distintos: 21 a 23 de setembro e 19 e 20 de outubro. O acesso é livre, mas implica inscrição através do preenchimento de um formulário disponível aqui. A seleção dos candidatos a integrarem a formação será feita pelo orientador e pela equipa de produção do Ciclo. Será dada preferência a pessoas que tenham nascido ou residentes nos Açores.


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Resultante da parceria entre o festival Tremor e o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas, o Ciclo dá continuidade ao trabalho que ambas as entidades têm desenvolvido na abertura de novas oportunidades de empoderamento para o território. 

Rapper, engenheiro de som, poeta sónico e visual, Xullaji é o orientador da formação. Com uma vasta carreira no quadro da música nacional, editou (sob o nome Chullage) três destacados álbuns do repertório nacional do hip hop: Rapresálias, Rapensar e Rapressão. Discos que são, até aos dias de hoje,  importantes retratos da intensidade política e estética das suas letras e da forma como inscreve o hip hop na cultura de resistência da classe trabalhadora africana e da diáspora. Explorando o spoken word (área pela qual demonstra especial interesse) integra o projeto AKapella47, pelo qual viria a editar da Hype e intenCIDADES, dois exemplos maiores do cruzamento entre a palavra, a ação política e a arte. No seu mais recente projeto, Prétu, explora a fusão de samples e imagens africanas com o seu cosmos eletrónico e pensamento pan-africanista. Prétu 1 - Xei Di Kor, lançado em outubro de 2023, foi aclamado pela mais relevante imprensa nacional, como um dos melhores álbuns do ano. Xullaji é ainda co-fundador do Peles Negras Mascaras Negras – teatro do escurecimento, coletivo artístico comunitário preto. Colabora igualmente com o Teatro Griot e já trabalhou com diversos artistas visuais e companhias de teatro tanto em Portugal como no exterior.

Após o período formativo a desenvolver no âmbito do Ciclo, o grupo realizará um período de residência de criação a ter lugar em abril de 2025, durante o qual será desenvolvido um espetáculo inédito a ser apresentado no âmbito do Festival Tremor. 

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