Angola quebra jejum de 12 anos e volta a vencer o Afrobasket

August 25, 2025
Angola campea Afrobasket 2025
Foto ©FIBA

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Doze anos depois, Angola voltou a brilhar no basquetebol. Este domingo, 24 de agosto, a seleção masculina de Angola venceu o Mali por 70-43 no Pavilhão Multiusos do Kilamba, em Luanda, e reconquistou o título de campeão do Afrobasket.

Foram 12 anos de espera que terminaram em grande estilo, diante de uma casa cheia que transformou o Kilamba num verdadeiro caldeirão de apoio. Este é já o 12.º troféu continental para Angola, que reforça o estatuto de potência máxima do basquetebol em África. O último título tinha sido conquistado em 2013, o que tornava este regresso ainda mais simbólico.

O jogo foi um desfile de confiança da equipa angolana. No primeiro quarto, os angolanos fecharam na frente (14-10) e, ao intervalo, já levavam 12 pontos de vantagem (32-20). A partir daí, a festa parecia inevitável. Childe Dundão brilhou intensamente, não só como melhor marcador da final (16 pontos), mas também eleito MVP do Afrobasket 2025. Ao seu lado, Selton Miguel somou triplos decisivos que ampliaram a diferença para 20 pontos no fim do terceiro período (51-31).

O último quarto serviu apenas para confirmar a supremacia angolana. O Mali nunca conseguiu tomar a dianteira e acabou rendido ao poderio da seleção da casa. Com o resultado final de 70-43, Angola ergueu novamente a bandeira como símbolo maior do basquetebol africano e voltou a estar no topo do continente doze anos depois do último título conquistado.


Foto ©FIBA

Para o ala-pivô Abou Gakou “Buzinho”, a conquista tem um sabor especial: “Este título significa muito para nós. Saímos de um longo jejum. Trabalhámos duro e, jogando em casa, não podia haver dúvidas: tínhamos de ser nós a vencer”, comentou o jogador à Rádio Nacional de Angola (RNA).

Apesar da derrota, o Mali fez história ao chegar, pela primeira vez, à final do Afrobasket. No sábado, a equipa surpreendeu ao eliminar o Senegal por 88-80, numa meia-final intensa no mesmo pavilhão do Kilamba. O feito sinaliza uma nova geração a emergir e um programa que começa finalmente a dar frutos.

O país é há muito reconhecido pelo talento nas categorias jovens. Em 2019, a seleção sub-19 do Mali surpreendeu o mundo ao alcançar a final do Mundial da FIBA, realizado na Grécia, perdendo apenas diante dos Estados Unidos (93-79). Essa geração, liderada por Siriman Kanouté, Oumar Ballo e pelos gémeos Fousseyni e Hassan Drame, demonstrou que o basquetebol maliano tem capacidade para competir ao mais alto nível. O Mali conquistou a medalha de prata e o Senegal assegurou o bronze, ao terminar em terceiro lugar.

No final do jogo, os jogadores angolanos prestaram uma homenagem emocionante a Carlos Morais, ex-internacional e um dos maiores nomes do basquetebol nacional. O extremo-base foi convidado a entrar na quadra, aplaudido de pé por todo o público. A sua icónica camisa número 6, usada em várias conquistas, foi celebrada como símbolo do legado que construiu ao longo da carreira.

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