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Um novo espaço de encontro, arte e sabores foi oficialmente inaugurado, a 3 de julho, no coração da capital guineense. Com cerca de 2.000 metros quadrados, o espaço cultural e gastronómico do coletivo JAK, formado pelos jovens empreendedores Juelson Tavares (Jamata), Alfa Canté (Fashion) e Edmerson Nanque (Keu), abre as portas ao lado do Clube Sporting de Bissau, com o objetivo de dinamizar o turismo urbano, gerar emprego e valorizar a cultura guineense.
A iniciativa, que conta com o apoio institucional do Sporting Clube de Bissau, nasceu do desejo de criar um ambiente onde juventude, criatividade e identidade cultural se unem em prol do desenvolvimento local. Uma das mais emblemáticas instituições desportivas do país, o Sporting disponibilizou o espaço e apoio simbólico ao projeto, apostando numa visão mais abrangente de responsabilidade social através da cultura e do empreendedorismo.
O novo espaço integra bar, restaurante e uma área para eventos sociais e culturais, com capacidade para acolher espetáculos musicais, exposições, feiras criativas, formações, casamentos e cerimônias diversas. Segundo os fundadores, o projeto prevê empregar diretamente cerca de 30 jovens, com potencial para gerar empregos indiretos em colaboração com fornecedores locais, artistas, músicos e técnicos de produção cultural. “Mais do que um restaurante ou bar, este espaço é um ponto de encontro. Queremos dar palco à juventude criativa e afirmar a beleza da cultura guineense”, afirma Juelson Tavares (Jamata), um dos cofundadores do coletivo.
A cerimónia de inauguração reuniu dezenas de convidados, entre representantes institucionais, artistas e membros da comunidade local, que puderam experimentar pratos típicos reinventados, assistir a atuações culturais e conhecer de perto a proposta do espaço. “Apoiamos este projeto porque acreditamos que os jovens precisam de espaço para sonhar e concretizar. Cultura também é desenvolvimento”, sublinhou o vice-presidente do Sporting Clube de Bissau, Fernando Arlete, destacando o papel social do clube.
Para o futuro, o coletivo JAK projeta uma agenda rica em atividades culturais regulares, formações para jovens e parcerias com instituições culturais e sociais, tanto nacionais quanto internacionais. A sustentabilidade tanto económica como comunitária é um dos pilares do projeto, que aposta numa gestão profissional e num forte enraizamento local. “Isto é para mostrar que podemos ser donos das nossas ideias. Criamos um espaço onde cabe música, comida, moda, encontros, debates e a alma da nossa cidade”, disse Jamata durante o evento.
Já Alfa Canté, destacou as dificuldades enfrentadas até à concretização do projeto, sublinhando que o espaço foi pensado para servir a juventude de Rua Angola, onde o empreendimento está localizado, e também outras comunidades como Rua Cabo Verde "mas, sobretudo, o povo guineense como um todo".
Durante o discurso, Jamata fez questão de reconhecer publicamente o esforço e a dedicação do seu sócio Fashion e apelou a uma cultura de valorização e reconhecimento mútuo entre os jovens empreendedores guineenses. Reforçou ainda o apelo ao governo para apoiar iniciativas que promovem o emprego juvenil e o fortalecimento cultural. “Este espaço foi pensado, antes de tudo, como um projeto de criação de emprego para os jovens. Esperamos que o governo esteja atento e apoie esse tipo de iniciativa que nasce da juventude, com visão e compromisso”, concluiu.
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