No Doclisboa deste ano há Hala Elkoussy, Welket Bungué e William Greaves

September 25, 2025
doclisboa artistas afrodescendentes
Welket Bungué

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O Doclisboa 2025 já revelou a programação completa da sua 23.ª edição, que acontece de 16 a 26 de outubro, em Lisboa. Além de O Riso e a Faca, de Pedro Pinho, e com Cléo Diára no elenco como já tínhamos anunciado, o festival vai ainda contar com películas do guineense Welket Bungué e da egípcia Hala Elkoussy e ainda uma retrospetiva em homenagem ao norte-americano William Greaves.

No total, serão exibidos 211 filmes provenientes de 54 países, distribuídos pelas salas habituais: Culturgest, Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa e Cinema Ideal. A programação inclui 39 estreias mundiais e 31 obras portuguesas, assumindo-se como um retrato plural da contemporaneidade, dos indivíduos e dos seus contextos. Mais de 300 convidados internacionais marcarão presença em Lisboa ao longo dos onze dias de festival. Entre longas e curtas-metragens, o evento propõe uma leitura do cinema como retrato da contemporaneidade, com lugar para estreias mundiais, nacionais e retrospectivas.

A Competição Internacional reúne 12 filmes, entre os quais se destacam sete estreias mundiais, três estreias internacionais, uma estreia europeia e três primeiras obras. Por sua vez, a Competição Portuguesa contará com 12 títulos, incluindo sete estreias mundiais, uma estreia europeia e quatro estreias nacionais  (ver lista de filmes aqui).

Considerando a vasta programação, a BANTUMEN destaca aqui os nomes de artistas afrodescendentes que marcam presença nesta edição do festival.

A realizadora Hala Elkoussy, artista visual e cineasta egípcia, surge como convidada especial na secção Riscos. A sua obra mistura o político e o poético, propondo universos oníricos que revelam um cinema atento às contradições sociais e à imaginação coletiva.

Na secção Da Terra à Lua, o ator e realizador luso-guineense Welket Bungué apresenta Contemplação Impasse Tentativa. Conhecido pela sua versatilidade entre o cinema, o teatro e as artes visuais, Bungué volta a explorar uma linguagem cinematográfica própria, que cruza intimidade, corpo e memória.


O Cinema São Jorge recebe a 17 de outubro a estreia nacional do filme Complô, realizado por João Miller Guerra, que conta a história de Bruno Furtado, conhecido artisticamente como Ghoya. A obra retrata a experiência de vida do artista afrodescendente, submetido à lei da nacionalidade baseada no “jus sanguinis”, que ditou que os filhos de imigrantes fossem tão imigrantes quanto os seus pais.

Já na Cinemateca Portuguesa, em colaboração com o festival, será apresentada uma retrospectiva dedicada ao afro-americano William Greaves (1926–2014). Pioneiro do cinema documental e experimental, Greaves deixou uma obra marcada pela defesa da justiça social, da memória histórica e da liberdade criativa. O programa, co-organizado pelo académico Scott MacDonald e por Luís Mendonça, promete dar a conhecer diferentes dimensões do seu trabalho como realizador, produtor, editor e ator.

Entre os destaques gerais do festival, sobressai ainda a exibição de O Riso e a Faca, de Pedro Pinho, filme premiado em Cannes e que valeu à atriz Cleo Diára o Prémio de Melhor Atriz na secção Un Certain Regard. Trata-se de uma distinção histórica, a primeira vez que uma atriz portuguesa conquista o prémio no festival francês.

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