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A escolha foi natural, pois eu tive contato com a música desde muito cedo. Aos 9 anos de idade eu já gostava de escrever, cantar músicas de artistas que eu já gostava e também de fazer paródia em cima de músicas famosas. Foi através da música que eu despertei a vontade de fazer jornalismo e, através dela, que eu recebi o convite para lecionar sobre a cultura de rua, nas comunidades da minha região. Então o jornalismo e o trabalho de arte-educador engrandece mais ainda a minha correria na música.
https://www.instagram.com/p/Bh7TplwnaIe/?taken-by=enidemc
Sim, aprendi o espanhol conversando com os amigos “raperos” do Chile. Eu gosto muito do rap latino, acredito que eles ainda mantêm a essência do hip-hop viva em suas músicas e em seus eventos. Eu sempre notei a proximidade com os irmãos dos países vizinhos e também a presença da muralha, chamada de idioma, que é o que nos impede de nos comunicar melhor com os nossos vizinhos. Música é comunicação e a vida é a arte do encontro, então, com quanto mais pessoas a gente conseguir se conectar é melhor, afinal, vivemos no mesmo planeta e respiramos o mesmo ar.
Acredito que isso só acontece se eu parar de cantar em português, aí deixaria de fazer sentido. Mas por outro lado, os brasileiros são bem receptíveis a culturas diferentes e esse lance de misturar o espanhol, soa bem a muitas pessoas. Sempre haverá pessoas para reprovar a sua atividade, mas isso faz parte da caminhada, não se pode agradar a todos. Por isso seguimos nesse propósito, pois independente da opinião adversa, nós também somos latino-americanos.
Mangueando é um dialeto dos hippies, que representa o ato de desenvolver uma arte com as próprias mãos e sair na missão de vendê-la na rua, de pessoa para pessoa. Mangueando Vou quer dizer que vou criar o meu artesanato sonoro e me sustentar através da minha arte, ou seja, criar uma arte e viver dela. A mixtape ganhou esse nome, pois é o que eu tenho vivido nesses últimos anos.
https://www.instagram.com/p/BicNoEtn3fB/?taken-by=enidemc
A ideia de sair pelas cidades foi inspirada na vivência que tive com o skate, onde se vive a cultura de viajar para conhecer as pistas, a galera local e rever velhos amigos. Com a música não foi diferente, sentí a responsa de fazer isso para conhecer lugares, pessoas e eventos diferentes, para apresentar o meu trabalho. E para fora do país, foi a responsa de conhecer a cultura que eu acompanho há anos via internet, só que pessoalmente. Sempre tive vontade de conhecer o Chile, pois é considerado o país mais “rapero” do mundo, devido a alta quantidade de adeptos por metro quadrado. Também tenho vontade de extender essa peregrinação para Portugal, Espanha, França e Angola, mas não sei se vou conseguir fazer isso tão breve.
Hoje é um espanto pois vejo que trabalhamos bastante para alcançar essa marca, mas ao mesmo tempo sabemos o ritmo de vendas que exercemos, era tão forte, que mal conseguíamos pensar nisso, a mentalidade era sempre focada em “sair na missão”. Foi um lance que foi tomando força e a galera foi percebendo essa sede pelas vendas de cds pelas ruas, no entanto muitos foram nos dando força para continuar.
Um salve aos meus manos Jorginho, Paulo Nobre e Leitinho!
Sim! Acredito que muito além de entreter, a missão da música é passar algo relevante para as pessoas. E não tem como você escrever algo que não reflita a sua realidade. Acredito que temos uma consciência e ela não pode deixar de estar presente em nossa música (trabalho), nas nossas conversas e nas nossas atitudes.
https://www.instagram.com/p/Bdz7D1PH0L_/?taken-by=enidemc
Sim, são inspiradas nas vivências que me proporcionam reflexões, e também em conversas com pessoas e amigos que me ajudam a despertar uma visão mais evoluída sobre a vida, sobre o universo e a minha missão nesse plano. O “Mangueio”, é algo que me inspirou muito, porque contribui bastante para a minha evolução pessoal e espiritual. Vivemos no Vale do Paraíba-SP, uma terra onde a busca espiritual e o respeito à mãe Terra e o espetáculo da natureza, é bastante cultuado e priorizado. Independente de fazer Rap ou não, essa vivência já nos faz refletir e respirar essa atmosfera.
O nosso rap é reflexo do que vivemos, do que acreditamos e praticamos. Hoje o Rap está em alta no Brasil, apesar de ter muitos artistas destacados, que não agregam nada na vida de ninguém, acredito que os verdadeiros rappers contundente que nos influenciaram e nos inspiram, nunca pararam de fazer os seus trabalhos ecoarem nas ruas, por isso acredito que temos que focar no que é bom e não se basear em “qualidade” através de “hype”, views e veículos que não tenham um compromisso com a cultura que salva vidas!
Dos trabalhos que saíram recentemente, indico a vocês o disco Boogie Naipe do mestre Mano Brown, Quem tá no Jogo do RZO, Rap Crime do LK O Marroquino, Philliaz (que são duas minas FODA), e Do silêncio ao centro dos irmãos Rato e Mattenie (E-Zílio).
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Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para redacao@bantumen.com.
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