Líder jovem da Guiné-Bissau defende meritocracia e aposta em parcerias para impulsionar emprego

May 8, 2025
Guiné-Bissau emrpego Juelson Tavares
Jovem guineense fotografada no centro de Bissau | 📸 BANTUMEN/Eddie Pipocas

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O presidente da Rede Nacional dos Jovens Quadros para uma Guiné-Bissau Emergente, Juelson Tavares, defendeu a necessidade de um sistema nacional de meritocracia no acesso ao emprego no país. Para o jovem dirigente, a criação de oportunidades deve ser transversal e não exclusiva à juventude, colocando o foco no mérito e na capacidade individual.


“Não se trata de ter empregos para jovens. Trata-se de criar oportunidades de emprego no país. E quem tiver mérito deve ser admitido, independentemente da idade”, afirmou Juelson Tavares, que sublinha a importância de mecanismos justos de recrutamento tanto no setor público como privado. “É essencial instituir concursos públicos para o acesso ao emprego. A pessoa mais preparada deve ocupar a vaga, seja nas instituições públicas, privadas ou até mesmo na criação de pequenas e médias empresas e indústrias.”


Além de um apelo à meritocracia, Tavares defende o reforço das parcerias público-privadas como estratégia para alargar o acesso ao emprego e incentivar o empreendedorismo, em particular através da dinamização do setor empresarial nacional.


As declarações foram feitas no âmbito da participação de Juelson Tavares no Fórum Global das Organizações da Sociedade Civil para a Estabilização Social Universal, que decorreu em Baku, capital do Azerbaijão, entre os dias 28 e 29 de abril de 2025. O evento reuniu representantes de várias regiões do mundo para debater soluções de desenvolvimento sustentado e cooperação internacional.


No fórum, Tavares representou a Guiné-Bissau e destacou a articulação com os restantes países lusófonos de África. “Conseguimos unir os PALOP presentes no evento - Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Moçambique, Cabo Verde e Angola - para formar uma parceria Sul-PALOP”, afirmou. A colaboração já se estende para além do evento, com a criação de um grupo de trabalho digital onde os representantes continuam a desenhar estratégias conjuntas.


A ambição vai ainda mais longe: “Estamos também a trabalhar numa futura parceria Sul-Oeste Africana e na criação de uma nova rede de organizações da sociedade civil dos países africanos”, acrescentou.


A intervenção de Juelson Tavares reforça o papel da juventude guineense nas dinâmicas de transformação social e económica do país, com foco em soluções sustentáveis e inclusivas, tanto a nível nacional como regional.

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