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A Academia Portuguesa de Cinema divulgou esta quinta-feira os 5 filmes pré-selecionados para votação do candidato de Portugal à 98.ª edição dos Óscares, a decorrer a 15 de março de 2026. Entre os filmes pré-indicados são destaque Banzo, que conta com a participação do ator Hoji Fortuna e Hanami, com a direção de Denise Fernandes.
Banzo conta a história de um médico que é enviado para curar uma infeção misteriosa designada por "Banzo", que leva os trabalhadores escravizados à inanição e a cometer suicídio. O filme é passado no ano de 1907, numa plantação de Cacau em São Tomé e Príncipe e, quando o protagonista (Afonso), tenta curá-los, percebe que a infeção é mental e deriva da opressão durante o colonialismo. Por conta deste facto o médico apercebe-se da sua incapacidade de curar a dor por não se tratar apenas de medicina, mas também de história e humanidade. A palavra "banzo" tem origem africana, mais especificamente relacionada às línguas bantu, e foi utilizada historicamente para descrever um estado de nostalgia extrema, melancolia ou tristeza profunda vivida por pessoas escravizadas.
O ator angolano Hoji Fortuna entra na trama como Alphonse, um fotógrafo que surge como uma figura que observa e documenta, navegando cuidadosamente no sistema colonial hostil, numa tentativa de o questionar a partir de dentro.
Nascido em Luanda, Angola, a 4 de Setembro de 1974, Hoji Fortuna emigrou para Portugal com 20 anos. Concluiu os seus estudos em Administração Local e, posteriormente, frequentou o curso de Direito na Universidade Católica Portuguesa no Porto, tendo interrompido para dedicar-se ao trabalho artístico, primeiro como modelo artístico, posteriormente como Disk Jockey e, finalmente, como actor. É conhecido pelo seu trabalho em A fazenda (2024), O poço 2 (2024) e A Duquesa Vingadora, também do mesmo ano.
O filme Hanami de Denise Fernandes, cineasta e argumentista portuguesa, com ascendência cabo-verdiana, acompanha o crescimento de Nana, uma jovem que permanece numa ilha vulcânica remota, enquanto muitos à sua volta partem em busca de novas oportunidades. A narrativa explora temas como abandono, pertença e resiliência, centrando-se na vida de Nana desde a infância até à adolescência, marcada pelo reencontro com a mãe que a deixou em busca de uma vida melhor.
Denise Fernandes nasceu em Lisboa, no ano de 1990. Filha de pais cabo-verdianos, foi criada no sul da Suíça. Em 2011, licenciou-se em realização e produção cinematográfica no Conservatório Internacional de Ciências Audiovisuais de Lugano (CISA). No mesmo ano, a sua curta-metragem de diploma, Una Notte, estreou na 64ª edição do Festival de Cinema de Locarno. De 2011 a 2013, estudou cinema na Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba (EICTV), onde realizou Pan Sin Mermelada, que recebeu a nomeação para Talento Revelação no Festival de Solothurn, e Idyllium, premiado no Festival Internacional de Winterthur.
Segue-se agora um período de votação entre todos os membros ativos da Academia Portuguesa de Cinema, de 22 de agosto a 10 de setembro, para que um dos 5 filmes seja selecionado.
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