MV Bill estreia-se em Portugal pelas mãos da Hip Hop Sou Eu

September 5, 2025
MV Bill Hip Hop Sou Eu

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O rapper, escritor, cineasta, ativista e cofundador da Central Única das Favelas (CUFA), MV Bill, vem a Portugal pela primeira vez, numa parceria entre o projeto Hip Hop Sou Eu e a CUFA Portugal. O evento marca um momento de peso para a cultura urbana lusófona, que une territórios, vozes e lutas comuns entre Brasil e Portugal.


A estreia em Portugal acontece no dia 27 de setembro, no Lisboa ao Vivo, onde MV Bill subirá ao palco acompanhado pela rapper Kmila CDD.


Nascido em 1974, na Cidade de Deus, Rio de Janeiro, Alexandre Pereira Barbosa, conhecido como MV Bill, tornou-se um dos nomes mais influentes do hip-hop brasileiro. A sua carreira começou na década de 1990, com participações em compilações como Tiro Inicial e a abertura de concertos para os Racionais MC’s. Em 1998 lançou o primeiro álbum, Traficando Informação, que inclui o tema icónico “Soldado do Morro”, uma das músicas mais marcantes da história do rap nacional.


Ao longo dos anos, construiu uma obra multifacetada que vai além da música. Os livros Cabeça de Porco (2005) e Falcão – Meninos do Tráfico (2006), este último também adaptado em documentário exibido pela TV Globo, colocaram-no no centro do debate sobre violência, desigualdade e juventude no Brasil. O seu trabalho rendeu-lhe prémios internacionais e reconhecimento de instituições como a UNESCO.


MV Bill é uma referência viva da força do hip-hop enquanto ferramenta de educação, mobilização e transformação social. A sua presença em Portugal simboliza o reforço de pontes entre comunidades periféricas e a afirmação da cultura como arma para mudança.


Kmila CDD - cujo nome artístico celebra a sua origem na Cidade de Deus (CDD), periferia do Rio de Janeiro - é uma referência essencial do rap brasileiro, com voz própria, ativismo social e um percurso marcado por força, identidade e resiliência. Irmã de MV Bill, começou a trilhar o seu caminho no rap ainda jovem, partilhando projetos com o rapper desde o álbum Traficando Informação (1999). Com o EP Preta Cabulosa (2017), Kmila consolidou-se potente com letras que abordam temas cruéis e reais - maternidade, violência sexual, ancestralidade. Para além de artista, ela assume-se como mãe, mulher negra e representante periférica, consciente do poder da sua narrativa.

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