Os artigos mais lidos da semana 29/52

A reflexão de Lwiny Rocha sobre sexualidade, poder e sobrevivência em Angola foi o artigo mais lido desta última semana na BANTUMEN. Seguiram-se o lançamento do documentário intimista de Neusa Sousa sobre São Tomé e Príncipe; a realização da XV Cimeira da CPLP, com a Guiné-Bissau a assumir a presidência da organização até 2027; a entrevista sobre os mais de 30 anos de carreira de Paulo Flores, e a história de Alcides Estrela, que tem vindo a transformar Chelas através do surfskate e do colectivo Sk8 Brothers.


Pagantes e o patriarcado: a economia emocional de sexo e sobrevivência em Angola

Neste artigo, Lwiny Rocha expõe as contradições, silêncios e violências que atravessam a sexualidade feminina em Angola, do “terrorismo sexual” vivido nas adolescências ao fenómeno dos pagantes como reflexo de uma precariedade estrutural. É um mergulho íntimo e crítico numa realidade onde o sexo é transacção, onde o afeto é moeda e onde o empoderamento parece sempre vir com factura.


Neusa Sousa lança documentário intimista sobre São Tomé e Príncipe

No ano em que São Tomé e Príncipe assinala os 50 anos da sua independência, a jornalista e promotora cultural Neusa Sousa acaba de lançar um documentário inédito que propõe um retrato intimista e profundo da ilha de São Tomé. Produzido em 2023 e agora divulgado publicamente, o filme celebra a identidade, o território e o povo santomense a partir de um olhar pessoal e enraizado.


Guiné-Bissau acolhe XV Cimeira da CPLP e assume presidência até 2027

A capital guineense foi palco de um dos encontros diplomáticos mais relevantes da lusofonia contemporânea. Nos dias 17 e 18 de julho de 2025, a XV Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reuniu-se em Bissau e este artigo explica o âmbito e propósito desse encontro.


“Sou aquilo que me sobra depois dos aplausos”: Paulo Flores, mais de três décadas a cantar Angola

Paulo Flores tinha apenas 16 anos quando gravou o seu primeiro disco de originais. Filho de Carlos Alberto Flores, cresceu rodeado por música e vozes que atravessavam o Atlântico, ouvindo ritmos que fundiam tradição africana, influência lusófona e diáspora negra. A sua ligação à música tornou-se inseparável da construção de identidade cultural e afetiva, muito antes de subir aos grandes palcos ou de se tornar uma das vozes mais reconhecíveis da música de intervenção e do semba moderno. 


“O coletivo é mais forte do que qualquer dor individual”, Alcides Estrela e a forma como tem transformado Chelas através do Surfskate

No centro de Chelas, um bairro frequentemente associado a estigmas sociais e dificuldades económicas, o Skate Park emerge hoje como um espaço de encontro e transformação, graças ao trabalho desenvolvido por Alcides Estrela. Através do Sk8 Brothers, projeto que lidera, o agente cultural tem vindo a criar uma realidade onde o surfskate serve de ponte entre pessoas de origens sociais, culturais e económicas distintas, diluindo barreiras e promovendo a inclusão.