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A Sharjah Art Foundation, uma das instituições culturais mais relevantes da região do Golfo, anunciou, esta terça-feira, 24 de Junho, as curadoras da sua 17.ª Bienal, a decorrer em janeiro de 2027. Entre os nomes escolhidos está a angolana Paula Nascimento, ao lado da arménia Angela Harutyunyan.
Criada em 2009, a Sharjah Art Foundation é uma defensora, catalisadora e produtora de arte contemporânea no Emirado de Sharjah e na região circundante, em diálogo com a comunidade artística internacional. As principais iniciativas da Fundação incluem a Bienal de Sharjah, de longa duração, com artistas contemporâneos de todo o mundo; o anual Encontro de Março, para profissionais das artes e artistas internacionais, bolsas e residências para artistas, curadores e produtores culturais, e uma variedade de exposições itinerantes e publicações académicas.
Angela Harutyunyan, nascida em 1982, na Arménia, é uma professora de teoria da arte contemporânea na Universidade das Artes de Berlim. É membro fundador do Instituto de Investigação Ashot Johannissyan em Humanidades, em Yeravan, e do Instituto de Análise Crítica e Investigação de Beirute. Foi curadora de várias exposições, incluindo This is the Time.
Paula Nascimento, nascida em 1981 em Angola, é arquiteta e curadora independente radicada em Luanda. A sua prática está enraizada na intersecção entre as artes visuais, o urbanismo, a geopolítica e a educação artística.
Nascimento tem se destacado por leituras contemporâneas de temas históricos em África e no Sul Global. Foi curadora associada da sexta e sétima edições da Bienal de Lubumbashi (2019, 2022), e responsável por projetos em eventos como Rencontres de Bamako, a Experimenta Design, a Triennale di Milano e o Pavilhão de Angola na 55ª Bienal de Veneza, que conquistou o Leão de Ouro, em 2013, para a melhor participação nacional, sendo um marco na história da representação africana em bienais internacionais.
Segundo a organização, ambas as curadoras trabalharão em colaboração para moldar a 17.ª Bienal como “um espaço de reflexão crítica e criação de exposições experimentais”, dando visibilidade a realidades contemporâneas alternativas e ao potencial imaginativo da arte.
Em declarações, Paula Nascimento reforça a importância das bienais como lugares de encontro e reinvenção: "Tenho interesse em pensar com os artistas e nas articulações entre a produção artística e as infraestruturas de forma expandida, bem como explorar a capacidade da arte para imaginar e propor espaços e outros mundos e formas de relações", declara.
A participação de Paula Nascimento é um momento significativo para a presença africana em espaços curatoriais de grande escala internacional.
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