Plutonio desmente envolvimento em agressão a agente da GNR após detenção em Torres Vedras

O rapper Plutonio desmentiu, esta segunda-feira, qualquer envolvimento numa alegada agressão a um agente da GNR, após ter sido associado, por vários órgãos de comunicação social, a um caso ocorrido em 2015 no Bairro da Cruz Vermelha, em Cascais. A informação, entretanto corrigida por alguns meios, é, segundo o artista, “totalmente falsa” e “difamatória”.

A associação surgiu após o músico ter sido detido no sábado, 6 de julho, em Torres Vedras, depois de um concerto. Em comunicado, a sua equipa esclareceu que o caso noticiado diz respeito a um processo antigo, já julgado e encerrado, no qual o artista nunca foi visado. “A única associação possível é o facto de o episódio ter ocorrido no Bairro da Cruz Vermelha - o bairro onde o artista cresceu e que continua a representar com orgulho”, lê-se na nota enviada às redações.

O próprio músico reagiu através das redes sociais, garantindo que está em liberdade e que foi apenas notificado pela PSP no âmbito de “uma infração de natureza menor”, sem qualquer ligação a crimes de violência ou agressão a militares da GNR. 

“É triste ser forçado a ter que me pronunciar sobre isto publicamente, por me deparar com vários órgãos da comunicação social, que se dizem credíveis e rigorosos, a disseminarem uma notícia especulativa, difamatória e que não corresponde de todo à verdade”, afirmou. Plutonio acrescenta ainda que, ao longo do dia, a sua equipa contactou vários meios de comunicação para corrigir a informação. “Alguns optaram por corrigir as informações erradas; outros, infelizmente, não.”

Com raízes em Moçambique e criado no Bairro da Cruz Vermelha, em Cascais, Plutonio - nome artístico de João Ricardo Azevedo Colaço - é uma das figuras mais influentes da música urbana portuguesa. Ao longo da última década, afirmou-se com temas como Última Vez, Somos Iguais e Vergonha na Cara, conquistando um lugar de destaque entre os artistas mais ouvidos em território nacional.

O seu mais recente trabalho, Carta de Alforria, lançado em 2024, bateu recordes de streaming no Spotify e tornou-se um dos álbuns portugueses mais ouvidos num único dia. O impacto do disco projetou-se também ao vivo com dois concertos esgotados no MEO Arena e que serviram de base para o mais recente single "Agradecido", onde o público presente nos espetáculos assume o “coro” do tema, rompendo com a tradição que o artista tinha de não convidar outros nomes para os seus temas a solo. Recentemente a faixa "Somos Iguais" foi oficialmente certificada como diamante, ultrapassando 50 milhões de streams em Portugal e o álbum do qual o tema faz parte, Sacrifício: Sangue, Lágrimas e Suor (2019), conquistou a tripla platina, equivalente a mais de 100 milhões de reproduções.