Reframing Blackness: Alayo Akinkugbe e Paulo Pascoal discutem novas perspetivas sobre a arte

No próximo dia 7 de outubro, às 18h30, o Teatro do Bairro Alto (TBA) recebe Reframing Blackness: What’s Black About History of Art?, uma conversa com a historiadora de arte e escritora Alayo Akinkugbe, fundadora da plataforma A Black History of Art, em diálogo com Paulo Pascoal, ator, performer e ativista.

O encontro propõe uma reflexão crítica sobre a presença - e também sobre a ausência - de artistas e narrativas negras na História da Arte, convidando o público a questionar cânones e práticas institucionais. Nesta sessão, Alayo Akinkugbe explora os temas centrais do seu recém-lançado livro Reframing Blackness: What’s Black About the History of Art? através da lente da imaginação radical, analisando como artistas contemporâneos negros dialogam com os cânones europeus, desafiando-os e respondendo às suas narrativas, ao mesmo tempo que revelam formas novas de imaginar o passado, o presente e o futuro da existência negra.

O público terá a oportunidade de compreender de que forma a arte pode reformular a história, amplificar vozes negligenciadas e abrir novas possibilidades para o futuro. A conversa integra a programação do TBA para 2025, marcada pela temática da Imaginação Radical, que atravessa o discurso do teatro ao longo do ano e procura estimular novas formas de pensar e experienciar a arte.

Alayo Akinkugbe é licenciada em História da Arte pela Universidade de Cambridge (2021) e concluiu o mestrado em Curating the Art Museum no Courtauld Institute of Art (2023). Fundadora da plataforma @ABlackHistoryofArt e apresentadora do podcast A Shared Gaze, é editora colaboradora da coluna Black Gazes na revista AnOther Magazine, tendo recebido uma bolsa de investigação curatorial do Paul Mellon Centre. Contribuiu para African Artists: From 1882 to Now (Phaidon, 2021) e escreveu para Dazed, Tate Etc. e The World of Interiors. Reframing Blackness é o seu primeiro livro.

Paulo Pascoal é ator, autor e curador, com mais de duas décadas de carreira em teatro, televisão, rádio e cinema. A sua prática atravessa o ativismo, a política cultural e as artes performativas, focando-se em equilíbrio, aceitação e coletividade. Colabora regularmente com artistas multidisciplinares em performances, exposições e curadoria de museus, explorando as condições teóricas e existências de corpos dissidentes em movimento.

​​O evento pretende funcionar como um espaço de debate, reflexão e partilha de conhecimento, estimulando a compreensão crítica sobre questões de representação, identidade e memória cultural.