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Titica lançou “Passarelas da Vida”, um álbum que se afirma como um testemunho pessoal e artístico, marcado pela procura de liberdade criativa e por uma leitura íntima do seu próprio percurso. O projeto chega hoje, 14 de novembro, às plataformas digitais e reúne colaborações de Angola, Brasil e Congo, num gesto que amplia o alcance da artista e consolida o diálogo entre diferentes expressões da música africana contemporânea.
Ao apresentar o disco, a cantora enquadra-o num movimento de reencontro consigo mesma e recorda que “assim como Angola conquistou a sua liberdade”, também esta obra surge como um momento de independência e de reconstrução interior. A artista descreve-o como um recomeço assumido com “orgulho e força”, sublinhando o carácter emocional que orientou a composição de cada faixa.
A identidade sonora do álbum assenta no kuduro, mas abre espaço para aproximações ao afrobeat e ao dombolo, numa combinação que mantém a assinatura rítmica que lhe é reconhecida e, ao mesmo tempo, revela novas camadas do seu trabalho. “Mantive o meu ADN do kuduro, mas quis mostrar novas sonoridades que revelam a minha evolução e a minha verdade”, refere, apontando para a maturidade que marca esta etapa criativa. O alinhamento reflete vivências e inquietações, funcionando como um percurso narrativo que atravessa a afirmação pessoal, a cura e a resiliência, bem como um tributo à força das mulheres africanas que a inspiram.
O álbum integra participações de Vitão, Rebo, Ivan Alexei e Anna Joyce, numa construção coletiva que reforça o caráter transnacional do projeto. Para Titica, este encontro de vozes é, também, uma afirmação da vitalidade cultural do espaço lusófono: “Cada artista trouxe a sua energia e cultura, e juntos criámos uma fusão que representa a força da lusofonia e de África.”
Entre os temas destacados estão “Lê-lo”, centrado no amor-próprio e na autoconfiança, e “Vida Dá Volta”, que a artista identifica como a faixa mais emocional. Neste tema, revisita a sua travessia pessoal com franqueza, evocando desafios, julgamentos e superações: “Fala da minha caminhada, de quem já foi subestimada e julgada, mas que hoje se ergueu. Já fui escrava, hoje sou rainha.”
Com uma carreira que ultrapassa uma década, Titica consolidou-se como figura central do kuduro e uma das artistas angolanas com maior projeção internacional. Foi a primeira cantora do país a atuar no Rock in Rio Brasil e soma mais de 20 sucessos, presença contínua em grandes palcos e colaborações com nomes de referência. A sua atuação pública estende-se ainda ao ativismo, tendo sido nomeada embaixadora da ONU na luta contra o HIV/AIDS, papel através do qual defende inclusão, igualdade e respeito.
“Passarelas da Vida” encontra-se em todas as plataformas digitais.
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