Depois do prémio na PowerList 2024, a Windcredible soma e segue na Web Summit deste ano

November 12, 2025
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António Santos no Web Summit 2025 | ©️Stephanmneto

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Um ano depois de subir ao palco da PowerList BANTUMEN 100 de 2024, para receber o Djassi Award, António Santos voltou a provar que o reconhecimento não é um ponto de chegada. O cofundador e diretor de operações da Windcredible participa na Web Summit 2025, em Lisboa, como parte da comitiva que a Cabo Verde Digital levou ao evento - a maior delegação representante do país até à data.



“Este último ano foi muito bom”, diz António ao recordar o prémio que recebeu no ano passado. “A nível pessoal, foi muito bom ter subido àquele palco para receber o prémio, porque, como disse no discurso, vou trazer aquela africanidade que eu tinha perdido a nível corporativo,” explicou.



Desde então, o percurso da Windcredible - uma startup que desenvolve turbinas eólicas de pequena escala - tem sido marcado por avanços sólidos e reconhecimento institucional. “Temos tido imensa ajuda por parte da Secretaria para a Digitalização de Cabo Verde. Isso abriu muitos contactos com o Ministério da Energia, e até o Presidente de Cabo Verde visitou o nosso escritório, aqui em Lisboa”, partilha com um sorriso orgulhoso.



Hoje, António e a sua equipa estão a instalar projetos-piloto no Porto de Lisboa, na Nestlé e na Galp, etapas fundamentais para validar métricas e preparar a expansão da tecnologia para Cabo Verde. “Este último piloto vai-nos dar finalmente as métricas que precisamos para poder ir para Cabo Verde com a minha startup, com a minha solução energética.”



Esta é já a quarta presença de António na Web Summit, depois de ter participado também na edição do Qatar. A experiência acumulada faz dele um observador atento sobre o lugar das startups africanas num mercado global.

“O que é que é a nossa desvantagem? É que nós somos um produto físico, de hardware. A nossa tecnologia não é nova, o que é novo é o que é patenteado - a morfologia das nossas pás. É um caminho longo e lento, mas queremos fazê-lo com qualidade”, explica. “Não queremos ser mais uma turbina no mercado, queremos ser a turbina no mercado.”

Um exemplo que vem da Cova da Moura

Para quem conhece António, sabe que é muito mais do que um empreendedor. É um modelo de inspiração para os jovens da Cova da Moura, o bairro nos arredores de Lisboa onde cresceu e onde continua a regressar com frequência. “Eu acho que eles me veem como um exemplo a seguir. Não posso dizer isso de mim, mas acredito que sim”, confessa. “Procuro sempre mostrar que é possível outras vias, outras formas de estar. Podemos trabalhar para concretizar os nossos sonhos sem cair naquela rotina diária e nas coisas que se veem no dia-a-dia, principalmente no meu bairro”, afirma.

António fala com convicção sobre o poder de representar. “Graças à BANTUMEN e ao trabalho que a Djassi África tem feito, temos visto um movimento inspirador para toda a comunidade africana, não só no nosso bairro. Temos de continuar a ser o exemplo a seguir.”

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