Nos dias 22, 23 e 24 de agosto, a Baixada Fluminense será palco do Festival de Ogans Vozes e Tambores, iniciativa que valoriza práticas musicais ligadas às religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda.

O programa decorre em Duque de Caxias, Nilópolis e Nova Iguaçu, ocupando espaços públicos como o Museu Vivo do São Bento. Através de apresentações, mediações e rodas de conversa, o festival promove o encontro de tradições orais transmitidas nos terreiros e mantém viva a memória da percussão sagrada.

Ao todo, 36 músicos participam nas atividades, entre eles mulheres percussionistas, destacando o protagonismo feminino neste universo. Os ogans, percussionistas sagrados, apresentam-se em trios de atabaques, explorando a relação entre ritmo, canto e dança.

A programação inclui mesas como Mulheres e o Tambor, com Zany Nascimento, Gabrielly Martins e L’AYO, e O Candomblé e suas Nações: Artesanias e Musicalidade, com Leonardo Valerio, André Cleto e Lourenzo Florido. O Festival de Ogans é um espaço de resistência e difusão cultural, que contribui para o combate ao preconceito religioso e racial e fortalece a identidade da região. A entrada é gratuita.