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“Estão constantemente a visar a cultura hip-hop”, disse diretor da Top Dawg ao Spotify

@Spotify

No início de maio, o Spotify tomou a decisão de remover alguns artistas das suas playlists para estar de acordo com a sua nova política destinada a combater atos e comportamentos de ódio. Várias pessoas na indústria expressaram preocupação sobre esta política restritiva em relação aos artistas, incluindo Anthony Tiffith, CEO da Top Dawg Entertainment (label de Kendrick Lamar e Schoolboy Q, entre outros) que contou à revista Billboard o que falou com o CEO da plataforma de streaming.

“Liguei ao Troy [Carter, diretor de criação do Spotify], tivemos uma conversa sobre isso e dei a minha opinião sobre censura e que não podemos fazer isso com os artistas. Eu não acho que seja bom censurar um artista, especialmente na nossa cultura. Como eles selecionaram esses artistas? Por que não selecionaram nenhum artista de outro género ou cultura? Há tantos artistas ligados a esses comportamentos que eles poderiam ter escolhido qualquer um. Mas parece que estão constantemente a visar a cultura hip-hop.”

Depois dessa chamada de atenção, P. Diddy e Tommy Mottola (ex-CEO da Sony Music Entertainment) foram convocados para que pudessem se explicar com o fundador e chefe do Spotify Daniel Ek.

“A minha orientação com eles era para resolver esta situação e, se isso não puder ser resolvido, haverá um problema, e teremos que remover as nossas músicas do site. Eu estava pronto para chegar ao movimento todo. E havia outras pessoas no ramo, outros artistas influentes, prontos para me apoiarem porque ninguém concorda com esse tipo de censura”, indicou Tiffith.

Obviamente, esta ação da parte de Anthony Tiffith teve o seu efeito, visto que entretanto XXXTentacion foi reintegrado nas playlists. O Spotify também indicou que a sua política contra o conteúdo de ódio estaria sujeita a algumas mudanças, Daniel Ek reconheceu pessoalmente que esta primeira tentativa foi precipitada.

A 10 de maio, o Spotify anunciou que ia excluir três artistas das suas playlists, de acordo com uma nova política contra o conteúdo de ódio. R. Kelly, que foi recentemente alvo de uma campanha intitulada #MuteRKelly que quer acabar com a impunidade que o artista tem perante os tribunais e na opinião pública, apesar das repetidas acusações de violência sexual e pedofilia, foi um dos primeiros artistas a serem banidos da plataforma de streaming. XXXTentacion e Tay-K também foram visados.

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