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No dia 13 de setembro, Lisboa vai acolher a Segunda Grandi Marxa Cabral, iniciativa que assinala os 50 anos das independências das ex-colónias portuguesas em África. A marcha, que parte da Avenida da Liberdade até ao Largo de São Domingos, presta homenagem à luta dos povos da Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola, Moçambique e São Tomé e Príncipe, vitórias que marcaram o fim do império colonial português e contribuíram para a queda do regime fascista em Portugal.
O evento recupera a memória das lutas de libertação africana e inspira-se no legado de Amílcar Cabral, figura central do panafricanismo e da resistência anticolonial. Em 1973, um jornalista perguntou-lhe “Independência para quê?”. A resposta de Cabral tornou-se emblemática: “Para sermos nós próprios, pessoas africanas, com tudo o que nos caracteriza, caminhando para uma vida melhor, desenvolvendo a nossa cultura e o nosso país, tirando o nosso povo da miséria, do sofrimento e da ignorância.”
Cinco décadas depois, os organizadores sublinham que a celebração da independência é também um momento de reflexão crítica. Para além de homenagear combatentes e figuras anónimas que contribuíram para a libertação, a Marxa denuncia a continuidade de práticas herdadas do colonialismo e o afastamento dos governos atuais em relação ao projeto panafricanista inicial.
Entre as posições assumidas pela organização estão:
A denúncia da ditadura de Umaro Sissoco Embaló na Guiné-Bissau;
A crítica à violência do Estado angolano contra a população;
A rejeição da atitude negligente dos Estados africanos perante o genocídio na Palestina e a causa do povo Saaraui;
A recusa em reconhecer a CPLP como espaço representativo dos povos lusófonos.
Para sugerir eventos, envia-nos um email para redacao@bantumen.com
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