No dia 22 de maio, o artista vai subir ao palco do B.Leza para apresentar o seu novo álbum.

Este é o seu primeiro álbum a solo enquanto Shabaka, sem apelido, sem banda, sem o peso das expectativas. Um gesto simbólico e, ao mesmo tempo, radical: deixar o saxofone tenor de lado, o instrumento que o consagrou nos Sons of Kemet, The Comet Is Coming, Shabaka and the Ancestors ou em colaborações com a Arkestra de Sun Ra, e mergulhar na leveza e interioridade das flautas.

A decisão nasceu de um cansaço acumulado. Shabaka chegou ao ponto em que o som que extraía do saxofone já não o representava plenamente. O instrumento tornou-se veículo de força e resistência, mas deixou de ser fonte de energia criativa pura. A sua música deixava de ser extensão de um impulso íntimo para se transformar em performance. E isso começou a pesar.