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Facebook investigado e pode originar multa milionária

Facebook

A Comissão Federal do Comércio, dos EUA, abriu uma investigação ao Facebook que poderá implicar uma multa milionária, perante as suspeitas de facilitar informação relativa a 50 milhões de utilizadores a uma empresa ligada a Donald Trump.

A investigação resulta da revelação, durante o fim de semana, de a empresa de análise de dados Cambridge Analytica ter tido acesso, em 2014, a dados compilados pela empresa dirigida por Mark Zuckerberg, o que suporia una clara violação das condições de confidencialidade desta companhia emblemática das redes sociais.

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Segundo a imprensa britânica, a empresa de análise de dados, que colaborou com a equipa de Trump durante a campanha eleitoral para as presidenciais de 2016, usou aquela informação para desenvolver um programa informático destinado a influenciar as decisões dos votantes.

A Cambridge Analytica tem entre os seus investidores o chefe da campanha eleitoral de Trump em 2016 e posteriormente assessor deste na Casa Branca, até se demitir, Steve Bannon.

A Facebook já rejeitou as alegações, mas o facto de a Cambridge Analytica ter admitido que teve acesso a informação de milhões de utilizadores daquela rede social implica uma de duas: ou a Facebook sofreu u roubo de informação, ou violou as suas regras e facilitou os seus arquivos a terceiros, conclui o jornalista Rafael Salido, da agência Efe.

Em 2011, a Facebook comprometeu-se a solicitar o consentimento dos seus utilizadores antes de fazer determinadas alterações nas preferências de privacidade daqueles, como parte de um acordo com o Estado, que então a acusava de abusar dos consumidores, ao partilhar com terceiros informação não autorizada.

Por este motivo, a suspeita de que a rede social pode ter facilitado esta informação à Cambridge Analytica pressuporia que a Facebook violou o acordo, do que poderia resultar uma multa diária de 40 mil dólares (33 mil euros) diários por cada violação, como informou hoje a Bloomberg.

Esta possibilidade, bem como a perda de atração das ações Facebook, tiveram nos últimos dois dias um claro reflexo em Wall Street, com desvalorizações de quase 7% na segunda-feira e mais 2,56% hoje.

Estas não são as únicas preocupações de Mark Zuckerberg, que foi alvo de pedidos de audição por parte no Senado dos EUA e dos parlamentos Europeu e britânico.

Acresce que, segundo o The New York Times, o chefe de segurança da Facebook, Alex Stamos, anunciou a sua saída do cargo, devido a desacordos internos sobre como a rede social se deve posicionar perante a difusão de informações falsas.

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