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Carnaval da Guiné-Bissau e Dança de Tina para Património Imaterial da Humanidade

Carnaval Guiné-Bissau

O Carnaval da Guiné-Bissau é provavelmente dos mais conhecidos nos PALOP. A sua singularidade, os trajes que usam e as músicas que se fazem ouvir durante os cortejos e danças tornam o carnaval único e assume matizes de identidade social e artística ímpares, assim como a Dança de Tina.
O sui generis desta festa levou a que Cornélio da Silva, diretor-geral da Cultura da Guiné-Bissau, anunciasse aos guineense que irá propor à UNESCO a classificação do Carnaval do país e da tradicional Dança da Tina como Património Imaterial da Humanidade.
As duas candidaturas para a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) já estão em andamento, tendo o Governo solicitado assistência de peritos internacionais, de acordo com Cornélio da Silva.
O diretor-geral da Cultura guineense considerou que o Carnaval do país “é dos melhores do mundo”, dado o seu potencial, diversidade, originalidade e riqueza, nos domínios da dança, música, trajes e a língua crioula.
Este ano a festa carnavalesca terá início entre 2 e 5 de março, devendo o Governo organizar um concurso a nível nacional com os três primeiros grupos destacados a serem premiados.
Cornélio Silva explicou ainda que um dos desafios para 2019 será conseguir que a equipa de peritos internacionais inicie os trabalhos com a realização de um inventário comunitário, para saber junto das comunidades que celebram o Carnaval, quais os artefactos que entram naquela manifestação cultural.
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“Dança de Tina” é um conhecido género cultural do país e terá o mesmo destino quanto aos trabalhos dos peritos. A Tina é uma dança originária da terra de José Mário Vaz Kumba Yalá [ex-Presidente da Guiné-Bissau], cuja música é produzida através de um tanque cortado ao meio ou um grande alguidar, com água. Normalmente, o toque da tina ou a sua dança é associado às manifestações culturais entre mulheres.
“Queremos fazer da nossa Tina como Portugal fez com o Fado”, declarou o diretor-geral da Cultura guineense, ao explicar os motivos para uma candidatura, junto da UNESCO, para património imaterial da humanidade.
Com a entrada em vigor de um projeto financiado pela União Europeia, visando a criação de emprego na cultura, através de várias iniciativas de formação aos agentes culturais do país, Cornélio da Silva está confiante numa “grande projeção” do setor cultural guineense em 2019.
Mesmo apesar das dificuldades derivadas do ambiente político, o setor da cultura “deu passos significativos em 2018”, concluiu o diretor-geral da Cultura guineense.

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