A cidade de Lisboa viu acontecer este fim-de-semana o MODAÁFRICA, um evento de moda dedicado a 14 estilistas africanos, dos quais oito são lusófonos. Esta segunda edição tem como foco uma indústria fashion sustentável, baseada em princípios éticos e assente no comércio justo e na responsabilidade social.
Na iniciativa Moda África – Semana da Moda Ét(n)ica, da Associação Moda Africana, estiveram o moçambicano Omar Adelino e os guineenses Braima Sori Ba (baseado na Alemanha), Lausiana Santos (baseada no Reino Unido) e Alfa Umaro Cante.
Angola foi o país mais representado com Rogue Wave, Sandra Bravo da Rosa Luis/Joan Auguni, Irina Diniz Ferreira/Ikilomba e Lubetina Makunge, quase todos com um pé em Portugal também. Adama Paris (República Democrática do Congo/ Senegal), José Hendo (Uganda/Reino Unido), Liz Ogumbo (Quénia), Mathilde Me-We (Costa do Marfim/França), Nikola Conradie (Namíbia) e Osuare (Nigéria) são os restantes estilistas que tiveram a oportunidade de mostrar as suas colecções 2017/18.
A Moda África afirma querer promover uma moda sustentável, baseada em princípios éticos, assente no comércio justo e na responsabilidade social.
Nesse sentido, a segunda edição associou-se a uma causa, o Ateliê de Alfaiates Africanos, projecto de inclusão social de imigrantes em Portugal, a funcionar desde 2011.
“O Ateliê de Alfaiates Africanos precisa de crescer. Precisamos de um espaço maior para trabalhar. Precisamos de melhores materiais de costura”, apela-se, na campanha de recolha de fundos. Sofia Vilarinho, presidente da Associação Moda Africana e fundadora do Ateliê de Alfaiates Africanos, disse que o projecto já formou, em parceria com a escola de moda Modatex, 20 alfaiates (tradicionalmente, em África, são os homens que costuram), três dos quais já conseguiram legalizar-se.